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Demanda interna de milho cresce no Brasil em novembro e valor médio da saca avança 7,8%
Publicado em 04/12/2023 às 09h52
Foto Notícia
O mercado brasileiro de milho registrou preços aquecidos ao longo de novembro. De acordo com a SAFRAS Consultoria, houve uma demanda mais efetiva para o cereal por parte dos consumidores, que esbarraram em um cenário de oferta limitado por parte dos produtores, o que acabou contribuindo para um avanço nas cotações.

Analistas de SAFRAS indicam que as próximas semanas devem ser marcadas pelas especulações em torno do clima. Apesar das expectativas apontarem para uma melhora das chuvas ao longo de dezembro no centro-norte do Brasil, ainda há incertezas sobre a regularidade das precipitações, o que deve manter os produtores na defensiva em termos de negócios.

A boa demanda para o milho brasileiro na exportação, por outro lado, tende a perder um pouco de força devido ao maior interesse no cereal norte-americano. Mesmo assim, segundo analistas de SAFRAS, os volumes exportados pelo Brasil neste ano deverão ser muito bons, oscilando entre 55 e 57 milhões de toneladas, com uma boa demanda por parte da China.

No cenário internacional, o viés foi negativo para os preços ao longo de novembro, com a boa entrada da safra norte-americana de milho e a sinalização de melhora do clima para o desenvolvimento das lavouras na Argentina e no Sul do Brasil. O contrato dezembro apresentou uma desvalorização de 3,55% ao longo do mês na Bolsa de Mercadorias de Chicago, influenciada também pela demanda ainda lenta para o cereal norte-americano.

Preços internos

O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 61,93 na quinta-feira (30), alta de 7,83% frente aos R$ 57,43 registrados no fechamento de outubro. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, subiu 13,21% durante o mês, passando de R$ 53,00 para R$ 60,00. Em Campinas/CIF, a cotação avançou 3,10% ao longo de novembro, passando de R$ 64,50 para R$ 66,50. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 65,00, aumento de 8,33% frente ao encerramento de outubro, quando foi cotado a R$ 60,00.

Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca subiu 4,65% ao longo do mês, de R$ 43,00 para R$ 45,00. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço passou de R$ 65,00 para R$ 68,00 na venda, subindo 4,62% em novembro.

Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda ficou em R$ 66,00 a saca, alta de 10% frente aos R$ 60,00 do final de outubro. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda aumentou 10,00% ao longo do mês, de R$ 50,00 para R$ 55,00.
Arno Baasch
Fonte: Safras & Mercado
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