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Petrobras e os combustíveis: quando vem o aumento?
Lucro da Petrobras cai mais de 20% no 1T24 com preços, vendas e produção menores
Publicado em 14/05/2024 às 14h03
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Lucro da Petrobras cai mais de 20% no 1T24 com preços, vendas e produção menores
A queda de mais de 20% no lucro da Petrobras (PETR4) no primeiro trimestre deste ano, para menos de R$ 30 bilhões, resgatou o debate - que estava adormecido - sobre o aumento nos preços dos combustíveis. Segundo a própria estatal petrolífera, o resultado mais fraco no período é atribuído a menores preços, vendas e produção de derivados. 

Embora a defasagem nos preços da gasolina e do diesel praticados nas refinarias da Petrobras em relação ao cobrado no mercado internacional tenha sofrido uma reversão significativa neste mês, o impacto nas margens da companhia entre janeiro e março é nítido. 

Cálculos feitos pela Genial Investimentos e divulgados nesta segunda-feira (13) mostram um deságio de 5,5% na gasolina, o equivalente a R$ 0,20/litro. Já no caso do diesel, há um ágio de 2,3% (ou R$ 0,09/litro). Para se ter uma ideia, há duas semanas, a defasagem nos preços da gasolina era de quase 20%, enquanto o diesel não apresentava um prêmio. 

Os analistas Vitor Sousa e Israel Rodrigues observam que apesar do preço do petróleo permanecer em níveis elevados, ao redor de US$ 80, houve uma baixa considerável nos últimos dias. Além disso, o final do ano passado foi marcado por uma alta expressiva do barril tipo Brent, em meio à escalada da tensão no Oriente Médio. 

Fora isso, no início deste ano, a Petrobras anunciou paradas de manutenção, o que reduziu os volumes de produção e, consequentemente, de vendas, em cerca de 5%, cada, na base sequencial. Ao mesmo tempo, os custos de extração ficaram mais elevados. Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, resume: 

“Neste trimestre, o menor nível de produção e vendas de óleo e derivados somado à menor diluição de custos em função das manutenções efetuadas e aos maiores custos de exploração explicam os resultados”
Ainda assim, espera-se uma recuperação no desempenho operacional e financeiro a partir deste trimestre, com a retomada da capacidade de produção após as pausas programadas. “É esperada a normalização da produção e maior volume de vendas a partir do segundo trimestre de 2024”, destaca a Levante Investimentos, em relatório. 

É energia!

Por tudo isso, os consumidores devem estar atentos ao preço dos combustíveis nas bombas. A expectativa é de que uma “janela de oportunidade” seja aberta em breve, quando outro tipo de gasto com energia deve ficar mais barato: em julho a conta de luz deve diminuir devido à devolução dos bônus de Itaipu.

Cálculos indicam um alívio de 0,80 ponto porcentual (pp) na inflação oficial ao consumidor brasileiro por causa da decisão da Aneel. Assim, o IPCA do período deve ter taxa negativa. Além disso, o clima menos seco neste outono tende a acionar bandeira amarela apenas em setembro e outubro, ao invés dos meses de bandeira vermelha 1 até o fim do inverno.

Ou seja, é cada vez mais urgente o desafio da Petrobras em tornar-se uma empresa de energia, deixando para trás o famigerado slogan que dizia que “o petróleo o nosso”. Mais do que prolongar seus anos de vida, trata-se de uma questão de sobrevivência - inclusive do bolso dos motoristas.
Fonte: OLÍVIA BULLA
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