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Diversas

Em junho faz frio ou calor? Veja como será o clima na sua região
Publicado em 23/05/2024 às 09h54
Foto Notícia
No mês de junho ocorre a transição do outono para o inverno, mais precisamente às 17h51 do dia 21. Além disso, em 2024, junho vai marcar o fim iminente do El Niño, a ser confirmado pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), o principal órgão de monitoramento dos fenômenos, que é ligado ao governo dos Estados Unidos.

O gráfico do NOAA evidencia o domínio do período de neutralidade entre os meses de maio, junho e julho, com um imediato estabelecimento do La Niña.

Esse quadro aumenta o risco de seca no Sul do Brasil e deixa mais regulares as chuvas nas regiões Norte e Nordeste. Já no Sudeste e no Centro-Oeste , cresce o risco de atraso na regularização das chuvas no início da primavera.

Prognóstico para junho

Em junho, devem entrar frentes frias com mais frequência, mas também haverá dias com temperaturas elevadas. Com isso, de forma geral, o mês vai ser mais quente do que a média histórica no Brasil.

“Cidades extremamente frias terão dias menos frios, por exemplo, mas longe de fazer calor”, afirma Willians Bini, meteorologista da FieldPro. Ele explica que o que caracteriza uma onda de calor é o registro de temperaturas 5ºC acima da média em uma determinada região por cinco dias consecutivos.

Segundo a Nottus Meteorologia, as ondas de frio devem ser rápidas e fortes, mas só devem provocar geada nas áreas mais elevadas do Sul do Brasil. “Como teremos frentes frias se deslocando pelo centro-sul do país a cada cinco a sete dias, não deve dar tempo para a formação de ondas de calor em junho”, afirma o meteorologista da Nottus, Alexandre Nascimento.

Ou seja, as temperaturas devem continuar acima da média durante junho, mas não há perspectiva de registro de dias quentes como ocorreu nos últimos meses, quando os termômetros ficaram constantemente acima dos 30ºC e até perto dos 40ºC.

O bloqueio atmosférico que ocorreu em maio, causando forte onda de calor no Sudeste e no Centro-Oeste e queda de chuvas localizadas no Rio Grande do Sul, não vai ocorrer novamente. Assim, o mês de junho será de temperaturas e chuvas mais próximas à normalidade do que no mês anterior, complementa o especialista da Nottus.

Veja agora a previsão por região para o mês de junho:

Sul


Depois dos grandes volumes de chuva que o Sul do país registrou entre o fim de abril e todo decorrer do mês de maio, em junho, a chuva deve reduzir de forma acentuada sobre a região.

Com o resfriamento do oceano Pacífico equatorial, a circulação atmosférica deve começar a mudar, e, aos poucos, o tempo ficará mais seco na região, afirma Nadiara Pereira, meteorologista da Climatempo.

Durante o mês de junho, espera-se que o tempo fique mais seco do que normal, principalmente no oeste da região. “Com isso, o Rio Grande do Sul deve começar a se recuperar das condições extremas de maio”, diz a especialista.

Enquanto isso, o Paraná vai continuar com déficit de umidade, o que deve se acentuar cada vez mais e prejudicar a instalação e desenvolvimento das lavouras de trigo. A umidade também deve diminuir de maneira acentuada no oeste de Santa Catarina. Apenas áreas da faixa leste do estado catarinense podem ter chuvas acima da média.

As ondas de frio deve ficar um pouco mais intensas no Sul no mês de junho, e a possibilidade de formação de geadas vai aumentar, principalmente no Rio Grande do Sul.

Sudeste e Centro-Oeste

No Sudeste e no Centro-Oeste, junho costuma ser um mês bastante seco. Para 2024, se esperam condições mais secas do que o normal em grande parte das duas regiões, especialmente entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, áreas que normalmente ficam mais sob a influência das frentes frias que passam pelo Sul do Brasil.

Segundo a meteorologista, o inverno será seco; a umidade do solo deverá cair rapidamente, o que deixará as pastagens mais secas. Isso aumenta o risco de ocorrência de queimadas ao longo do mês. Além disso, as temperaturas tendem a ficar acima da média, porém não se descartam picos de frio.

Nordeste

O tempo deve ficar mais úmido do que o normal em partes da faixa leste do Nordeste e no norte do Maranhão. Além disso, o litoral deve ter uma anomalia de temperatura menor, ou seja, termômetros mais perto da normalidade se comparados ao interior nordestino. No restante da região, o tempo ficará mais seco do que normal e as temperaturas acima da média.

Norte

No Norte do país, a maior parte da região também deve registrar uma situação mais seca do que normal, com temperaturas acima da média, o que influencia diretamente na maior incidência de queimadas nesta temporada. Somente a faixa norte do Amazonas, extremo norte de Roraima, norte do Pará e o Amapá podem ter condições mais úmidas do que o normal.
Marcos Fantin
Fonte: Globo Rural
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