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Açúcar

73% não querem mais imposto sobre bebidas açucaradas
Publicado em 13/06/2024 às 16h02
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A maioria dos brasileiros (73%) não concorda com o aumento da taxação de refrigerantes e refrescos, previsto na reforma tributária. Dentre a população jovem e adulta, entre 25 e 44 anos, a rejeição sobe: 8 em cada 10 não querem mais imposto. Ao mesmo tempo, 77% acreditam que o governo deve informar mais a população sobre produtos, mas as pessoas precisam ser “responsáveis por suas escolhas”. O percentual dos que acreditam que o governo deve direcionar hábitos de consumo é de apenas 4%.

Os dados são resultado da 3ª edição da pesquisa de opinião pública realizada pelo PoderData, empresa de pesquisas que faz parte do grupo de mídia Poder360 Jornalismo, a pedido da Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas). Neste ano, a apuração foi realizada de 21 a 24 de maio. Eis as íntegras das pesquisas de 2024, 2020 e 2017.

O levantamento de 2024 mostra pela 1ª vez a percepção dos brasileiros acerca do aumento de imposto sobre refrigerantes e refrescos a partir da reforma tributária. Previsto no IS (Imposto Seletivo), o incremento na tributação deve incidir sobre 6 categorias: bebidas alcoólicas, bebidas açucaradas, cigarros, veículos, embarcações e aviões e bens minerais extraídos. Foi proposto pelo governo no PLP (projeto de lei complementar) 68/2024, em análise no Congresso.

A mensuração também mostra a visão geral das pessoas em relação ao acréscimo de tributação sobre determinados produtos para o controle da obesidade e à carga tributária do país.

Nesse cenário de uma maior taxação, 6 em cada 10 brasileiros responderam “não” diante da pergunta “Na sua opinião, é legítimo o governo aumentar impostos para encarecer produtos e, com isso, diminuir o consumo de determinado tipo de produto?”. Os que disseram “sim”, foram 24%, e “não sabem”, 11%. Em comparação a 2017, ano do 1º levantamento realizado pelo PoderData, a pedido da Abir, os que discordam cresceram 11 pontos percentuais.

Quando perguntados se o aumento de imposto sobre bebidas açucaradas pode contribuir para diminuir a obesidade da população brasileira, 61% responderam que “não”. Esse mesmo questionamento foi feito em 2017, quando 55% também não viam correlação entre uma maior taxação e a queda da doença. Já o número dos que acreditam que “sim” caiu de 45% para 39% em 7 anos.

Nessa segmentação “bebidas açucaradas e obesidade”, para o questionamento “Você acredita que o consumo de bebidas açucaradas é responsável pelo aumento de peso da população brasileira?”, 66% dos entrevistados responderam “não”, enquanto 24% disseram “sim”. Outros 10% não souberam responder.

Quanto às políticas públicas para diminuir a obesidade, dentre as opções de resposta estimulada, a hipótese de que o governo deve fornecer informação de qualidade para escolhas nutricionais adequadas por parte da população foi a opção mais escolhida: 34% dos apontamentos. Nesse tópico, 22% acreditam ser necessário aumentar a cobertura de profissionais de nutrição no SUS (Sistema Único de Saúde).

Para 18%, o governo deve garantir acesso a todos os tipos de alimentos e bebidas. Somente 14% acham que deve aumentar o preço de alguns alimentos e bebidas para controlar a obesidade e 12% não sabem responder.

TRIBUTAÇÃO É VISTA COMO ALTA POR BRASILEIROS

A pesquisa deste ano do PoderData, a pedido da Abir, confirmou a tendência de aumento no percentual dos que acreditam que a criação de um novo imposto sobre bebidas açucaradas serviria para o governo arrecadar mais. O número passou de 61% (2017) e 69% (2020) para 77% (2024). Um aumento de 16 pontos percentuais em 7 anos.

Enquanto a visão da população sobre os ganhos do governo com mais tributos cresceu, caiu o número dos que responderam que um novo imposto seria aplicado em melhorias da saúde pública: 30% (2017), 26% (2020) e 15% (2024).

Nas 3 edições dos levantamentos –2017, 2020 e 2024–, manteve-se constante o percentual de pessoas que responderam que pagam “muito imposto”, média de 90%.

Quase 7 em cada 10 também disseram, em 2024, que o governo interfere muito na vida das pessoas por meio de impostos, leis e regulamentações –69%, mesmo patamar da pesquisa de 2020. O percentual dos que acreditam que não há interferência, em 2024, foi de apenas 2%.

METODOLOGIA DA PESQUISA

A pesquisa foi realizada de 21 a 24 de maio de 2024, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 187 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas.



 
Abir
Fonte: Poder 360
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