Agência UDOP

Os contratos futuros de açúcar registraram queda nesta quarta-feira (28) nas bolsas internacionais, influenciados pelas perspectivas para a produção no Hemisfério Norte.
 
De acordo com Lívea Coda, da Hedgepoint Global Markets, as condições climáticas favoráveis podem adiar a recuperação dos preços e reduzir o impacto de eventuais restrições no fornecimento por parte do Brasil, caso o mercado adote uma postura mais pessimista.
 
Na Índia, a produção de açúcar para a safra 2024/25 foi estimada pela Indian Sugar Mills Association (ISMA) entre 26,1 e 26,2 milhões de toneladas, recuo atribuído à redução da área cultivada e às condições climáticas adversas em Maharashtra e Karnataka. Diferentemente do padrão de alta, o consumo doméstico tende a cair, pressionando os preços internos e elevando os estoques finais.
 
Para a safra 2025/26, a monção avança de forma antecipada, e o Departamento de Meteorologia da Índia projeta chuvas 5% acima da média. Com a recuperação da área plantada, a produção pode atingir 32 milhões de toneladas. Ainda assim, os baixos estoques de 2024/25 podem limitar as exportações.
 
Bolsas internacionais
 
Todos os contratos nas bolsas internacionais encerraram em baixa.
 
Na ICE Futures, em Nova York, o açúcar bruto recuou. O contrato de julho/25 caiu 32 pontos, negociado a 16,90 centavos de dólar por libra-peso. O contrato de outubro/25 recuou 29 pontos, cotado a 17,12 centavos de dólar por libra-peso.
 
Em Londres, na ICE Europe, o açúcar branco também fechou em queda. O contrato de agosto/25 teve perda de US$ 11,20, encerrando a US$ 471,40 por tonelada. O contrato de outubro/25 recuou US$ 9,90, com cotação final de US$ 468,80 por tonelada.
 
Açúcar cristal
 
O Indicador Cepea/Esalq da USP registrou alta de 0,98% no açúcar cristal, com a saca de 50 quilos negociada a R$ 134,63.
 
Etanol hidratado
 
Segundo o Indicador Diário Paulínia, o etanol hidratado registrou alta de 0,18%. As usinas negociaram o biocombustível a R$ 2.702,00 por metro cúbico.