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Açúcar inicia semana em baixa com mercado ainda precificando quebra de safra no Brasil
Publicado em 10/09/2024 às 08h17
Foto Notícia
Os contratos futuros do açúcar iniciaram a semana em baixa nas bolsas internacionais, com o mercado ainda precificando a quebra de safra, devido aos incêndios e seca recorde, no maior produtor global da commodity: o Brasil.
 
Ontem, o Bank of America emitiu uma nota onde destacou que “os preços de referência do açúcar bruto em Nova York deverão seguir firmes e possivelmente avançarão mais em relação aos níveis atuais devido a um aperto no balanço de oferta e demanda da commodity”.
 
“Os analistas do banco disseram que a moagem de cana no Brasil, o maior produtor e exportador de açúcar do mundo, ficou abaixo das expectativas "devido ao clima seco e aos recentes incêndios florestais no estado de São Paulo", destacou a Reuters.
 
Ainda segundo o Banco, "há também um risco para os volumes de moagem de cana no Brasil em 2025/26, devido a um período de entressafra potencialmente mais seco e aos impactos na produção causados pelos incêndios florestais, especialmente nas áreas de renovação (de cana)".
 
Para o Bank of America o balanço global de açúcar na atual temporada deve ter um excedente pequeno de 650 mil toneladas métricas, “levando a uma relação estoque/uso de 54,1%”, o que deve levar os preços da commodity em NY para um intervalo entre 21-22 centavos de dólar por libra-peso, na visão deles.
 
Nesta segunda-feira (9), o lote outubro/24 do açúcar bruto, listado na ICE Futures, foi contratado a 18,83 cts/lb, desvalorização de 8 pontos no comparativo com a sessão anterior. Já a tela março/25 caiu 16 pontos, contratada a 19,11 cts/lb. Os demais contratos recuaram entre 2 e 15 pontos.
 
Londres
 
Na ICE Futures Europe, de Londres, a segunda-feira também foi de baixa em todos os lotes do açúcar branco. O contrato outubro/24 foi comercializado a US$ 526,30 a tonelada, recuo de 6,70 dólares no comparativo com a sessão de sexta-feira. Já a tela dezembro/24 caiu 6,20 dólares, contratada a US$ 517,20 a tonelada. Os demais lotes recuaram entre 2,40 e 5,30 dólares.
 
Mercado doméstico
 
No mercado interno a segunda-feira foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada ontem pelas usinas a R$ 137,06, contra R$ 136,67 de sexta-feira, valorização de 0,29% no comparativo.
 
Etanol hidratado
 
Ainda em queda, o etanol hidratado acumulou ontem sua sexta desvalorização pelo Indicador Diário Paulínia, com o metro cúbico negociado pelas usinas a R$ 2.579,00 contra R$ 2.592,00 o m³ praticado na sexta-feira, desvalorização de 0,50% no comparativo entre os dias.
Rogerio Mian
Fonte: Agência UDOP de Notícias
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