União Nacional da Bioenergia

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Raízen, Shell e Senai construirão centro de bioenergia em Piracicaba (SP)
Projeto terá investimento de R$ 120 milhões e irá desenvolver soluções de descarbonização a partir da cana-de-açúcar
Publicado em 04/10/2024 às 09h53
Foto Notícia
Projeto, que será construído ao lado da sede da Raízen, receberá investimento de R$ 120 milhões, dos quais R$ 72 milhões serão financiados pela Shell Brasil
Foto: Raízen/Divulgação
A Raízen, a Shell e o Senai anunciaram nesta quinta-feira (3/10) um investimento em um novo centro de pesquisa e inovação, com a missão de desenvolver soluções de descarbonização a partir da cana-de-açúcar.

O Centro de Bioenergia será localizado em Piracicaba, interior de São Paulo, ao lado da sede da Raízen na cidade. O projeto receberá investimento inicial de cerca de R$ 120 milhões, dos quais R$ 72 milhões serão financiados pela Shell Brasil, por meio de recursos da cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O centro deve ser inaugurado em 2026 e contará com 2.500m² de área. No local, serão construídos um laboratório e plantas-piloto especificamente projetados para mimetizar operações industriais, com o objetivo de promover avanços significativos em pesquisa e desenvolvimento.

“A Raízen nunca teve um centro como esse. Olhando para 11 anos atrás, quando começamos a parceria com a Shell, desenvolvemos uma tecnologia 100% brasileira, mas nos faltava um lugar especificamente voltado à inovação para testarmos mais rápido as inovações. Antes não tínhamos uma planta piloto, como será esse centro. Nossa expectativa é acelerar esses processo de inovação para manter-nos na liderança”, disse Ricardo Mussa, CEO da Raízen, em evento em Piracicaba.

Segundo o executivo, as pesquisas serão voltadas tanto para o mercado nacional como internacional, podendo atender demandas de todos os locais que cultivam cana-de-açúcar, como Estado Unidos, Tailândia e países da África. “O tamanho do mercado é gigante”, sustentou.

A concepção do projeto do centro ocorreu há três anos, ressaltou Mateus Lopes, Diretor de Desenvolvimento de Soluções em Bioenergia da Raízen. “Temos um plano de construir 20 plantas de etanol de segunda geração, sendo nove já vendidas. Então é interessante para esse plano de expansão que possamos oferecer produtos cada vez mais rentáveis, quem sabe não somente no etanol de cana-de-açúcar, mas eventualmente no milho e outras culturas”, afirmou.

“Esse ano reduzimos 30% de custo dos produtos com inovação, em um ano. Podemos imaginar a partir daí o que pode vir pela frente”, complementou Mussa.

O executivo defendeu a necessidade do Brasil acreditar no seu potencial de pesquisa e mostrá-lo ao mundo. “Quando falamos em etanol de segunda geração, o Brasil é líder na tecnologia, mas há um ceticismo sobre o potencial de liderança do Brasil. É preciso esclarecer que temos esse nível altíssimo de soluções”, sustentou.
Emília Zampieri
Fonte: Globo Rural
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