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Com a sequência de dias de calor intenso e sensação de abafamento nas cinco regiões, a saudade do frio é grande para quem prefere as baixas temperaturas. No entanto, a estação mais gelada do ano ainda está longe.

Em 2025, o inverno começa em 20 de junho, às 23h42 (de Brasília), e permanece em ação até 22 de setembro, às 15h19 (de Brasília), quando abre espaço para a primavera.

O fenômeno que define o início da estação no Brasil e demais países do Hemisfério Sul é o solstício de inverno, conhecido por ter o dia mais curto e a noite mais longa do ano – no Hemisfério Norte acontece o contrário, o solstício de verão.

A explicação está na origem do nome solstício, que significa ‘sol parado’ em latim. Na data que inicia o inverno, o astro-rei alcança a maior distância angular em relação ao plano que passa pela Linha do Equador e a radiação solar fica menor quando a Terra atinge este ponto, fazendo com que o dia tenha menos horas, e a noite, mais.

Como é o inverno em cada região?

Sul

A temperatura é mais rigorosa e o frio muito intenso, principalmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, com possibilidade de 0ºC ou menos nas áreas mais altas, geadas frequentes, chuva congelada e até neve. Em relação às chuvas, o inverno é caracterizado por um período mais seco, mas a formação de frentes frias pode causar uma precipitação ocasional.

“Isso acontece mais na faixa litorânea, pois no interior o tempo costuma ser um pouco mais seco. De maneira geral, sabemos que a chuva é bem distribuída ao longo do ano, mas diminui um pouco no inverno”, explica Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo.

Sudeste

A região é marcada por noites frias e tardes mais amenas durante o inverno. Além disso, as temperaturas podem cair consideravelmente nas cidades localizadas na área serrana e no interior de São Paulo e de Minas Gerais. Assim como no Sul, a estação é mais seca nos quatro Estados. Na faixa litorânea, a chuva pode ser mais frequente em razão da umidade e da passagem de frentes frias.

Centro-Oeste

O inverno na principal região produtora do Brasil possui grande amplitude térmica, que é a diferença entre a temperatura máxima e a mínima, porque se caracteriza por dias quentes e noites frias.

Conforme o especialista ouvido pela Globo Rural, episódios de geada não estão descartados, principalmente nas áreas mais altas do Mato Grosso do Sul. Outro detalhe da estação é o predomínio do tempo seco combinado com umidade do ar muito baixa, favorecendo as queimadas.

Norte

A região apresenta pouca variação térmica no inverno, com temperaturas elevadas ao longo do dia e noites mais amenas. A estação também é mais seca em grande parte do Norte, com destaque para Amazonas, Pará e Tocantins. Enquanto no Amapá, a Zona de Convergência Intertropical causa chuva.

“Ela começa a migrar a partir de maio, mas, às vezes, ainda temos alguns sistemas que influenciam, e ela pode estar em ação”, diz o meteorologista.

Nordeste

As temperaturas ficam elevadas ao longo do dia e amenas à noite, principalmente em áreas de altitude, como no interior da Bahia e na Chapada Diamantina. Além disso, o inverno no Nordeste coincide com o período seco, fato que aumenta o risco para a estiagem. No litoral, da faixa leste da Bahia até o Rio Grande do Norte, a chuva é mais presente devido aos ventos úmidos do Oceano Atlântico que sopram na direção do continente.