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Uma extensa faixa do Brasil segue sob fortes chuvas que já duram dias. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) são esperadas novas instabilidades ao longo da semana no Sudeste, incluindo todo o Estado de São Paulo, além das regiões Norte, Centro-Oeste, centro-norte da Região Sul, além do noroeste e litoral do Nordeste.

São Paulo tem sido um dos Estados mais castigados pela chuva ininterrupta e dias nublados, com condições de invernadas, caracterizadas por precipitações volumosas que duram mais de cinco dias e são favoráveis para o surgimento de doenças fúngicas devido ao excesso de umidade e a pouca luminosidade.

As condições do clima não devem ter mudanças bruscas pelos próximos dias, e o verão continuará extremamente chuvoso. Porém, de acordo com Ludmila Camparotto, agrometeorologista da Rural Clima, espera-se uma trégua no tempo extremamente fechado e instável a partir de quarta-feira, dia 5 de fevereiro. "Temos condições de chuvas constantes em São Paulo ao longo de fevereiro e março, porém o tempo deve voltar a abrir mais na quarta-feira", explica a especialista.

Neste dia, os corredores de umidade devem voltar à região Sul, portanto, o céu deve abrir e intercalar períodos de sol e novos episódios de chuva mais isolados. "É a combinação de calor e umidade, com pancadas de chuva localizadas". A tendência é que a próxima semana também seja de pancadas de chuva irregulares e não o predomínio de tempo tão fechado como os últimos dias.

Até lá, entre esta segunda-feira (3/2) e terça-feira (4/2), é esperada a manutenção do céu fechado e novos episódios de chuva. Segundo Bruna Peron, meteorologista da Rural Clima, se destacam o leste, centro e o norte do Estado com as chuvas mais fortes.

Por outro lado, as áreas mais ao sudoeste de São Paulo serão as primeiras a verem a condição de clima mudar, com pancadas mais irregulares e as temperaturas em elevação.

As condições de chuva estão positivas para as lavouras do Estado e as perspectivas são satisfatórias para todo o verão, afirma Camparotto. "Isso beneficia as lavouras de cana-de-açúcar, café e lavouras de grãos". Porém, a especialista ressalta que o excesso de chuva pode ocasionar paralisações nos trabalhos de colheita em alguns períodos. "Ainda em fevereiro ou março, alguns períodos de chuvas intensas que podem atrapalhar as colheitas. Por enquanto, nada no radar, mas períodos como esse podem se repetir".