Agência UDOP

Os contratos futuros do açúcar fecharam mistos nas bolsas internacionais nesta segunda-feira (4), primeira sessão do mês de fevereiro. Segundo analistas ouvidos pelo Barchart, o fortalecimento do dólar pressionou as cotações. A moeda norte americana atingiu ontem uma máxima de três semanas, recuperando parte das perdas dos dias anteriores.
 
Outro fator que pode ter influenciado os negócios neste início de semana foi a expectativa de aumento da oferta global de açúcar, o que tende a tornar a commodity menos estável nas bolsas.
 
Nova York
 
Na ICE Futures de Nova York, o contrato março/25 do açúcar bruto foi comercializado ontem a 19,26 centavos de dólar por libra-peso, queda de 9 pontos no comparativo com a sessão de sexta-feira. Já a tela maio/25 caiu 5 pontos, contratada a 17,83 cts/lb. Os demais contratos oscilaram entre queda de 4 e valorização de 6 pontos.
 
O economista Arnaldo Luiz Corrêa, diretor da Archer Consulting, destacou em seu artigo semanal de análise dos preços do açúcar, que dentre os fatores que podem ajudar a sustentar os preços do açúcar ao longo deste ano está o fortalecimento do real, que “eleva o custo de produção em centavos de dólar por libra-peso, o que empurra o ponto de equilíbrio para cima”.
 
“Outro fator relevante é que o Brasil deve exportar menos açúcar este ano, após embarcar um recorde de 38,2 milhões de toneladas em 2024”, também destacou o economista.
 
Londres
 
O açúcar branco, listado na ICE Futures Europe, de Londres, iniciou a semana com baixa apenas na tela de maior liquidez, vencimento março/25, que encerrou o pregão contratada a US$ 514,10 a tonelada, variação negativa de 5,40 dólares. Já as demais telas fecharam valorizadas entre 80 cents e 2,20 dólares.
 
Mercado interno
 
Pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, a segunda-feira foi de baixa nas cotações do açúcar cristal. A saca de 50 quilos foi negociada ontem pelas usinas a R$ 150,05 contra R$ 153,25 de sexta-feira, queda de 2,09% no comparativo entre os dias.
 
Etanol hidratado
 
Já o etanol hidratado iniciou a semana em alta pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.953,00 o m³, contra R$ 2.937,50 o m³ praticado na sexta-feira, valorização de 0,53% no comparativo entre os dias.