União Nacional da Bioenergia

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E30 pode reduzir dependência do Brasil de gasolina importada, avalia MME
Em 2024, as importações de gasolina somaram 2,87 bilhões de litros, um recuo de cerca de 30% em relação ao ano anterior
Publicado em 12/02/2025 às 09h25
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Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Pietro Mendes
O Ministério de Minas e Energia (MME) avalia que a adoção do E30, uma mistura de 30% de etanol anidro na gasolina C, pode eliminar boa parte da dependência do Brasil em relação à importação de gasolina A.

Em 2024, as importações de gasolina somaram 2,87 bilhões de litros, um recuo de cerca de 30% em relação ao ano anterior. 

“Com o E30, a gente zera a dependência de 700 milhões de litros de gasolina A”,  afirmou Pietro Mendes, secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, durante a comissão especial sobre transição energética e produção de hidrogênio verde da Câmara dos Deputados, nesta terça (11/2). 

A substituição desse montante corresponderia a 1,2 bilhão de litros de etanol, segundo o secretário.

De acordo com a ANP, há uma capacidade de cerca de 6,9 bilhões de litros de etanol para entrar em operação ainda este ano, puxada pelo aumento de novos projetos de etanol de milho. 

“Podemos sair da dependência externa da gasolina com um E30. Estamos bastante esperançosos com relação a isso. E aí, isso [se converte em] geração de empregos, incremento da renda”, disse Mendes.

Segundo o secretário, o E30 é uma das regulamentações mais avançadas da agenda do Combustível do Futuro, aprovado no ano passado. 

O MME tem trabalhado para viabilizar a aplicação da mistura no mercado e, atualmente, estão em curso testes conduzidos pelo Instituto Mauá, em parceria com a indústria automotiva, produtores de biocombustíveis e entidades como a Anfavea e a Unica. 

“Estamos neste momento conduzindo esses testes com reuniões semanais de acompanhamento do andamento desses testes do E30. A expectativa é que até o dia 8 de março nós tenhamos aí o relatório com o resultado”. 

Impactos na produção de biocombustíveis

Segundo Mendes, a adoção do E30 deve impulsionar a produção de biocombustíveis no país. Em 2024, o Brasil bateu recordes históricos na produção de etanol anidro e hidratado, com quase 37 bilhões de litros, e de biodiesel, com mais de 9 bilhões de litros.

“Juntos somam 43 bilhões de litros. É o recorde histórico de produção do Brasil de biocombustível nos últimos 10 anos”, afirmou o secretário.

Além disso, a produção de biometano também alcançou marcos significativos, com um aumento de 8,88% em relação ao ano anterior. 

Regulamentações em andamento

Na lista de regulações do MME estão ainda o armazenamento geológico de CO2, as novas regras do RenovaBio, além do combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel verde, e finalmente o biometano.

Além disso, o ministério está trabalhando em uma legislação específica para combustíveis marítimos sustentáveis, que deve entrar na pauta do Congresso este ano. 

Outro destaque é a regulamentação do Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten). Segundo Pietro, a expectativa é que este fundo verde some até R$ 800 bilhões em garantia, reduzindo o custo de financiamento para projetos de baixa emissão de carbono, como biocombustíveis e energia renovável. 

“O Paten é algo que temos tratado com prioridade  (…) Principalmente em um cenário de alta da Selic, pode ser um diferencial competitivo para o Brasil”, disse Mendes. 
Gabriel Chiappini
Fonte: Agência eixos
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