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Práticas agropecuárias sustentáveis auxiliam a reduzir emissões de CO2
Pesquisadores avaliaram mais de 13 mil artigos científicos sobre o assunto
Publicado em 17/02/2025 às 08h09
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Estudo realizado por pesquisadores da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) apontou que a adoção de práticas de manejo sustentáveis em áreas agrícolas das Américas hoje consideradas degradadas (cerca de 30% do total de áreas destinadas à agropecuária) possibilitariam mitigar aproximadamente 40% das emissões de gases estuda originados por todo o setor agropecuário no período.

“É um resultado promissor, que mostra o potencial da adoção de boas práticas, como a adoção do sistema de plantio direto, a recuperação de pastagens e a expansão de sistemas integrados, como ferramenta para o enfrentamento das mudanças climáticas”, destaca Carlos Eduardo Cerri, professor do Departamento de Ciência do solo da Esalq.

A pesquisa foi publicada na revista científica Frontiers in Sustainable Food Systems, e é resultado da análise de mais de 13 mil artigos científicos já publicados sobre o assunto.

Para Muhammad Ibrahim, diretor de Cooperação Técnica do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), este estudo pioneiro é muito relevante para dar subsídios aos diferentes países e regiões do continente na definição de programas e compromissos de enfrentamento das mudanças climáticas. Por outro lado, destaca a necessidade de novos esforços de geração de dados para reduzir as incertezas das estimativas do potencial de sequestro de carbono do solo para todas as regiões, mas principalmente na América Central, Caribe e região andina.

O trabalho ainda indicou a necessidade da padronização dos protocolos de amostragem, incluindo minimamente a camada de 0-30 centímetros (cm) do solo e preferencialmente camadas mais profundas (até 100 cm).

Segundo os pesquisadores, a padronização das informações coletadas é um passo importante para o refinamento das informações disponíveis, essencial para a redução das incertezas e cálculos como os apresentados no estudo publicado. Apesar das limitações encontradas, os autores destacam que os resultados obtidos representam um passo importante para direcionar a aplicação de recursos necessários para ampliar as iniciativas de monitoramento, bem como para priorizar as áreas onde a disponibilidade de informações ainda é baixa.
 
Por Maria Emília Zampieri — Vinhedo (SP)
Fonte: Globo Rural
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