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USDA reduz previsão para estoques de milho e eleva a de produção de trigo
Para a soja relatório mensal de oferta e demanda mundial trouxe poucas mudanças
Publicado em 11/03/2025 às 16h21
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O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) elevou nesta terça-feira (11/3) a estimativa para a produção mundial de trigo na safra 2024/25 para 797,23 milhões de toneladas, segundo o relatório mensal de oferta e demanda. Em fevereiro a expectativa era de 793,79 milhões de toneladas. Para o milho, o destaque foi a redução das previsões de estoques mundiais. Já em relação à soja, o relatório trouxe poucas mudanças.

Segundo o Departamento, a perspectiva global para o trigo na safra é de maiores estoques, maior consumo, comércio reduzido e aumento dos estoques finais. As reservas são projetadas para aumentar 5,4 milhões de toneladas, para 1.066,7 milhões, principalmente devido a uma revisão dos estoques iniciais na Turquia e à maior produção na Austrália, Argentina e Ucrânia.

A Argentina teve sua estimativa elevada de 17,7 milhões para 18,5 milhões de toneladas, com um aumento nos estoques finais para 4,5 milhões de toneladas e sem variações na exportação. A Ucrânia também teve um ajuste na produção de 22,9 milhões para 23,4 milhões de toneladas. A Rússia, por sua vez, deve produzir 81,6 milhões de toneladas, em um ajuste mais tímido que nos outros países, elevando seus estoques finais para 10,34 milhões de toneladas.

A produção australiana foi revisada de 32 milhões para 34,11 milhões de toneladas, e deve exportar 26 milhões de toneladas. O Brasil teve seu volume de importação elevado de 6,4 milhões para 6,5 milhões de toneladas elevando, assim, seu estoque final de 1,38 milhões para 1,48 milhões de toneladas.

Já para os EUA, a perspectiva para o trigo é de maiores estoques, uso doméstico inalterado, exportações menores e maiores estoques finais. Os estoques aumentam devido ao aumento das importações, que sobem 10 milhões de bushels para 140 milhões, em ritmo contínuo.

Milho

Para o milho, o USDA reduziu suas previsões para os estoques mundiais de milho ao final da safra 2024/25. O volume esperado pelo órgão americano passou de 290,31 milhões de toneladas para 288,94 milhões de toneladas, volume 0,47% inferior ao projetado em fevereiro.

A revisão incluiu um aumento de 1,7 milhão de toneladas nas perspectivas para a produção global, agora de 1,214 bilhão de toneladas, e uma redução de 1,86 milhão de toneladas na estimativa para os estoques iniciais desta temporada.

Em relação aos maiores produtores mundiais do grão, o USDA manteve suas estimativas para o volume a ser colhido em 2024/25. A previsão para os EUA é de uma safra de 377,63 milhões de toneladas; para o Brasil, de 126 milhões; para a China, 294,92 milhões; e para a Argentina, 50 milhões de toneladas.

Para o Brasil, USDA cortou em 2 milhões de toneladas o volume a ser exportação nesta temporada, passando de 46 milhões para 44 milhões de toneladas - queda de 4,35%. Já o consumo doméstico foi elevado de 87,5 milhões de toneladas para 88 milhões de toneladas, resultando em estoques finais de 2,96 milhões de toneladas - número 4,22% superior ao projetado no mês passado.

Soja

Para o quadro de oferta e demanda de soja, o relatório do USDA não mostrou mudanças significativas. O órgão americano manteve em 420,76 milhões de toneladas sua estimativa para a safra global em 2024/25, mesmo número divulgado no mês anterior. Já a projeção para estoques finais no mundo caíram 2,4% na comparação mensal, para 121,41 milhões de toneladas. O número veio bem abaixo das apostas de analistas de mercado, que esperavam de 124,2 milhões de toneladas.

Para a safra americana, que tem grande peso para as cotações na bolsa de Chicago, os números não se alteraram, causando pouco impacto nas negociações futuras. O USDA manteve em 118,84 milhões de toneladas sua previsão para a colheita nos EUA. A exportação permaneceu em 49,67 milhões de toneladas, com estoques permanecendo em 10,34 milhões, em linha com as expectativas dos analistas, que esperavam um volume de 10,37 milhões de toneladas.

Como resultado, o papel para maio, o mais líquido em Chicago, subia 0,30% na bolsa, por volta de 13h20, a US$ 10,17 o bushel.

O dado para o Brasil também frustrou a expectativa dos analistas. O departamento manteve em 169 milhões de toneladas a previsão de colheita no país, em comparação com as 169,3 milhões de toneladas esperadas por agentes de mercado.

Também havia previsão de corte para a safra argentina. O USDA não mudou a previsão de colheita, que ficou em 49 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em uma produção de 48,6 milhões de toneladas.

No que diz respeito à China, maior importador de soja do mundo, o órgão americano previu aquisições de 109 milhões de toneladas, mesmo número de fevereiro. Por outro lado, a previsão de estoques finais no país caiu, passando de 45,96 milhões de toneladas, para 43,96 milhões no relatório de hoje.
Gabriella Weiss, Paulo Santos e Cleyton Vilarino
Fonte: Globo Rural
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