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 As tarifas da União Europeia sobre grãos dos EUA, como parte da resposta do bloco às taxas de Washington sobre aço e alumínio, prejudicariam o setor pecuário europeu dependente de importações para ração animal, disse a associação industrial FEFAC na quarta-feira.

Um grande superávit comercial da UE com os Estados Unidos na agricultura é uma reclamação comum do presidente dos EUA, Donald Trump, embora os Estados Unidos sejam o maior fornecedor de soja da UE e um importante fornecedor de milho.

A Comissão Europeia anunciou anteriormente planos para impor taxas extras sobre até 26 bilhões de euros (US$ 28 bilhões) de importações dos EUA .

Isso envolveria a reintrodução, a partir de 1º de abril, de tarifas sobre produtos como milho, que foram suspensas após uma batalha comercial anterior durante o primeiro mandato de Trump, e a imposição de taxas a partir de 13 de abril sobre produtos de uma nova lista que inclui soja.

Tais tarifas "afetariam negativamente a resiliência e a competitividade dos sistemas de produção pecuária da UE", disse o presidente da FEFAC, Pedro Cordero, em um comunicado.

A FEFAC, que representa os fabricantes de ração para gado, disse que os grãos para ração poderiam dar suporte a um acordo negociado entre a UE e os EUA, evitando tarifas.

Dada a sua dependência de commodities de ração estrangeiras, as importações da UE dos EUA "podem facilmente ser duplicadas dos atuais 4 bilhões de euros para 8 bilhões de euros, reduzindo assim o atual déficit comercial agrícola dos EUA com a UE", disse Cordero.

A tarifa atualmente suspensa sobre o milho dos EUA é de 25%, o que pode fazer com que o milho dos EUA saia dos principais países importadores europeus, como a Espanha.

Os contratos futuros de milho e soja em Chicago caíram na quarta-feira, com traders dizendo que as contramedidas da UE estavam aumentando a preocupação de que as exportações agrícolas dos EUA podem ser prejudicadas pelas políticas tarifárias de Trump.