Agência UDOP

Os contratos futuros do açúcar fecharam a sexta-feira (4) em baixa nas bolsas internacionais, acompanhando outras importantes commodities, como cacau e café, que também sofreram enormes perdas nos mercados futuros.
 
A queda nos mercados de commodities reflete o chamado “tarifaço” imposto na quarta-feira da semana passada pelo presidente dos EUA, Donald Trump e as retaliações de alguns países, como a China, por exemplo, que também impôs tarifas severas aos produtos importados dos EUA.
 
“Na quarta-feira, Trump impôs uma tarifa de 10% sobre a maior parte das importações dos EUA e taxas muito mais altas, de mais de 50%, sobre alguns países, o que provocou uma liquidação mundial nos mercados acionários, já que nações como o Canadá e a China prepararam uma retaliação”, destacaram analistas de mercado ouvidos pela Agência Reuters.
 
“Após essa medida (tarifaço), muitos fluxos comerciais dos produtores mais afetados agora entrarão em um labirinto para encontrar demanda em outros países", disse o Rabobank em um relatório que advertiu que a nova demanda virá "a um custo de eficiência".
 
Nova York
 
Na ICE Futures de Nova York, o açúcar bruto caiu em todos os lotes na última sexta-feira. A tela maio/25 foi contratada a 18,84 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 27 pontos no comparativo com os preços de quinta-feira. Já a tela julho/25 caiu 29 pontos, contratada a 18,68 cts/lb. Os demais contratos recuaram entre 27 e 32 pontos.
 
Londres
 
Na ICE Futures Europe, de Londres, a sexta-feira também foi marcada por queda em todas as telas do açúcar branco. O lote maio/25 foi contratado a US$ 538,30 a tonelada, desvalorização de 5,50 dólares no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela agosto/25 caiu 6,80 dólares, contratada a US$ 526,80 a tonelada. Os demais contratos fecharam no vermelho entre 5,50 e 7,10 dólares.
 
Mercado doméstico
 
No mercado interno as cotações do açúcar cristal, medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, voltaram a subir na última sexta-feira, recuperando-se da queda do dia anterior. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 139,84 contra R$ 139,00 da véspera, valorização de 0,60% no comparativo.