Diversas

Os contratos futuros de grãos operam em alta na abertura da bolsa de Chicago desta quinta-feira (24/4).

O milho se recupera após quatro sessões consecutivas de queda, com os papeis para julho em alta de 0,63%, a US$ 4,8225 por bushel. A alta é motivada por compras de oportunidade, mas também pela expectativa que o plantio da nova safra nos EUA seja atrasado pelas chuvas no cinturão de soja e milho.

A valorização, no entanto, é limitada pelas tensões comerciais provocadas pelas taxações da Administração Trump, que afetam países compradores de milho.

As exportações de milho provenientes dos Estados Unidos na semana finalizada em 17 de abril somaram 1,78 milhão de toneladas, uma redução de 5% em relação à semana anterior, mas uma alta de 1% quando comparada à média. O México ainda representa o principal país importador. As vendas líquidas, no entanto, caíram 26% de uma semana à outra. Os dados são do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês), divulgados nesta quinta.

Soja

A soja também sobe, 0,1%, cotada a US$ 10,5125 por bushel, impulsionada pela “intenção e necessidade do governo Trump de chegar a acordos com a China para reduzir as tensões tarifárias promovidas pela própria Casa Branca”, pontua a consultoria argentina Granar. As tensões com Pequim foram agravadas por um comentário do Secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, que declarou que “um acordo comercial com a China pode levar de dois a três anos”.

Além disso, as chuvas no cinturão americano também podem retardar o cultivo da oleaginosa.

Os envios de soja americana cairam 39% em relação à média das últimas quatro semanas. O volume totalizou 495,4 mil toneladas, com o Egito ultrapassando a China como principal destino. O país africano recebeu 173,3 mil toneladas, enquando Pequim recebeu apenas 67,8 mil toneladas.

As vendas líquidas de soja, por sua vez, caíram 50% em relação à semana anterior.

Trigo

O trigo, por sua vez, oscila, com leve alta de 0,05%, negociado a US$ 5,4375 por bushel. As chuvas nas Grandes Planícies aliviam o déficit hídrico da região produtora para o trigo de primavera, exercendo pressão baixista. Apesar disso, as chuvas não alcançaram o Estado americano de Dakota do Norte, principal produtor das variedades de primavera, pontua a consultoria. Também pressionam o mercado as perspectivas favoráveis para a safra 2025/26 na União Europeia e em regiões do Mar Negro.

O trigo americano teve uma alta de 10% nas exportações quando comparado às últimas quatro semanas, mas as vendas líquidas apresentaram uma “queda perceptível”, segundo o USDA.