Agência UDOP

Os contratos futuros do açúcar fecharam a quarta-feira (14) em baixa nas bolsas internacionais refletindo, segundo analistas, as perspectivas de uma produção maior nos três principais produtores mundiais da commodity: Brasil, Índia e Tailândia.
 
Ontem em Nova York, durante a Conferência Citi ISO Datagro NY Sugar & Ethanol, o presidente da Datagro, Plínio Nastari, destacou que a safra de açúcar do Brasil na atual temporada deve ser grande, apesar de um início de colheita mais lento. Com isso, ainda segundo Nastari, o Brasil “ajudará a construir um superávit esperado no mercado global de 1,53 milhão de toneladas em 2025/26”, informou a Reuters.
 
Ainda segundo a Agência Internacional de Notícias, “as chuvas acumuladas de outubro a abril na principal região açucareira do Brasil, o centro-sul, foram próximas das melhores dos últimos cinco anos, ajudando a restaurar a umidade do solo na região”.
 
“O superávit de açúcar esperado ocorre após um déficit de 4,67 milhões de toneladas em 2024/25, disse Nastari, com safras maiores projetadas para Índia e Tailândia também ajudando a aumentar a disponibilidade global de açúcar”.
 
A projeção apresentada ontem pela Datagro da produção de açúcar no Brasil é de 42,04 milhões de toneladas. Na perspectiva anterior os números da consultoria eram de uma produção na ordem de 40,17 milhões de toneladas. “A Índia deve aumentar a produção de 26 milhões de toneladas para 31,6 milhões de toneladas, enquanto a produção da Tailândia deve crescer de 10,05 milhões de toneladas para 11,18 milhões de toneladas”, trouxe a Reuters.
 
ICE Futures
 
Ontem na ICE de Nova York, o açúcar bruto, lote julho/25, foi contratado a 18,06 centavos de dólar por libra-peso, queda de 16 pontos no comparativo com os preços da véspera. Já a tela outubro/25 recuou 17 pontos, contratada a 18,24 cts/lb. Os demais lotes caíram entre 1 e 16 pontos, com exceção do vencimento maio/27 que fechou estável.
 
ICE Futures Europe
 
Em Londres a quarta-feira também foi de baixa em todos os lotes do açúcar branco listado na ICE Futures Europe. O contrato agosto/25 foi comercializado a US$ 503,90 a tonelada, recuo de 5,90 dólares no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela outubro/25 caiu 4,30 dólares, com a tonelada comercializada a US$ 499,30. Os demais contratos recuaram entre 2,30 e 3,80 dólares.
 
Mercado doméstico
 
No mercado interno a quarta-feira foi de baixa pelo sexto dia consecutivo nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 138,71 contra R$ 139,45 de terça-feira, queda de 0,53% no comparativo entre os dias.
 
Etanol hidratado
 
Já o etanol hidratado fechou em alta ontem pelo Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.805,00 o m³, contra R$ 2.801,00 o m³ praticado no dia anterior, valorização de 0,14% no comparativo.