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Brasil é modelo para Índia em biocombustíveis, diz Nitin Gadkari
Publicado em 19/05/2025 às 09h02
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Em visita ao Brasil, o ministro indiano de Transportes Rodoviários e Rodovias, Nitin Gadkari, destacou a importância da cooperação entre os dois países no avanço de soluções sustentáveis para o setor energético. Segundo ele, o Brasil foi a principal inspiração para o ambicioso programa de etanol da Índia, que saltou de uma mistura de apenas 1,4% em 2014 para os atuais 20% de etanol na gasolina.

Gadkari se reuniu nesta sexta-feira com representantes do setor sucroenergético e de bioenergia, em evento promovido pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), na sede da entidade, em São Paulo. Durante a semana, a comitiva indiana também visitou o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), em Piracicaba (SP), e a unidade da Toyota, em Sorocaba (SP).

“A principal motivação para nosso programa de etanol veio do Brasil. Hoje, já temos 11 montadoras prontas para operar com motores flex. Esse caminho fortalece a economia rural, combate a poluição e reduz nossa dependência de combustíveis fósseis”, afirmou o ministro, ressaltando o papel estratégico da bioenergia nas políticas ambientais e econômicas da Índia.

O presidente da UNICA, Evandro Gussi, reforçou a relevância da parceria entre Brasil e Índia, especialmente na expansão do uso de biocombustíveis como resposta tecnológica à emergência climática. “A colaboração entre os dois países inspirou outras nações – como Japão, Filipinas, Indonésia, Malásia e África do Sul – a seguirem o mesmo caminho”, afirmou.

Gussi também comentou os desafios enfrentados por países desenvolvidos em outras rotas, como por exemplo a eletrificação dos veículos. “Acreditamos em uma abordagem de múltiplos caminhos para a descarbonização. Todos são bem-vindos, mas é preciso reconhecer que alguns enfrentam barreiras técnicas e econômicas profundas”, observou.

Segundo ele, a Agência Internacional de Energia estima que a produção global de bioenergia precisará quadruplicar até 2035 para atender à crescente demanda por fontes renováveis. “Precisamos de um mercado global de etanol e biometano que garanta segurança energética, cooperação política e baixa intensidade de carbono”, concluiu Gussi.

Políticas públicas e perspectivas para o setor

Durante o encontro, o diretor de Inteligência Setorial da UNICA, Luciano Rodrigues, e o consultor de Mobilidade, Ricardo Abreu, apresentaram os avanços das políticas públicas brasileiras, com destaque para o RenovaBio e o programa de ampliação da mistura de etanol na gasolina para 30%, cuja viabilidade já foi demonstrada por estudos técnicos.

A reunião foi conduzida por Luis Roberto Pogetti, membro do Conselho da UNICA, e contou com a participação de representantes de empresas parceiras, como Toyota do Brasil e John Deere, além de autoridades indianas como o conselheiro geral Hansraj Verma. O panorama da bioenergia na Índia foi apresentado por Vaibhav Dange, diretor fundador da Federação Indiana de Energia Verde.

Representantes das associadas à UNICA também compartilharam suas perspectivas para os biocombustíveis na mobilidade sustentável.
Fonte: Unica - União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia
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