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Depois da pior seca em mais de nove décadas, os reservatórios das principais usinas hidrelétricas do centro-sul do Brasil registram agora os melhores índices desde 2012. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível médio dos reservatórios está entre 40% e 50%, bem acima dos 17% observados no começo de julho de 2021.

Mais do que as chuvas, que foram mais frequentes na última temporada chuvosa em comparação com a anterior, o ONS ressaltou a importância da gestão mais eficiente dos reservatórios para melhorar sua condição agora. "Desde 2012, não tinha uma situação tão confortável como temos esse ano, e não é por uma chuva excepcional, a chuva foi boa no tempo chuvoso, toda a estação úmida que começou no ano passado começou na hora certa, enquanto em 2020/2021 atrasou bastante", observou Luiz Ciocchi, diretor-geral do ONS, ao Estadão.

Segundo o executivo, as medidas para otimizar o uso da água nas bacias do rio Grande e do rio Paraná foram essenciais para melhorar o armazenamento das represas no Sudeste e Centro-Oeste. "A conclusão é que o risco de desabastecimento este ano por questões energéticas é praticamente zero". CNN Brasil e Valor também repercutiram os dados do ONS.

Em tempo: O avanço da geração eólica no Nordeste está trazendo dores de cabeça para comunidades que vivem no entorno dos parques geradores. A proliferação da tecnologia na região, aproveitando seu grande potencial eólico, está acontecendo em muitos casos sem o cuidado necessário para minimizar impactos socioambientais, o que tem causado frustração entre moradores e ativistas ambientais. No UOL, Carlos Madeiro fez um panorama dos impactos, que vão desde desmatamento e redução na movimentação de dunas até a recarga de lençóis freáticos.