Agência UDOP

Os contratos futuros do açúcar bruto fecharam em baixa na última sessão de agosto na ICE Futures de Nova York, no compasso de uma projeção de superávit na temporada 2022/23 projetada pela Organização Internacional do Açúcar (OIA). Segundo analistas da Gamaya ouvidos pela Reuters, a safra do Brasil deve se recuperar no segundo semestre deste ano. As políticas públicas voltadas para a redução dos preços dos combustíveis no país, maior produtor mundial da commodity, também pressionam as cotações do adoçante.

Ontem, em NY, o contrato outubro/22 foi comercializado a 17,89 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 21 pontos no comparativo com os preços da véspera. Já a tela março/23 caiu 19 pontos, contratada a 17,77 cts/lb. Os demais lotes fecharam no vermelho entre 11 e 16 pontos.

Ainda segundo a Reuters, os preços do açúcar bruto de Nova York refletem a "perspectiva econômica global sombria". Em agosto o contrato outubro/22 ganhou 2%, informou a Agência Internacional de Notícias.

Ontem "os revendedores aguardavam um anúncio da Índia sobre sua política de exportação de açúcar para 2022/23, com muitos esperando que ela abrisse caminho para embarques iniciais de 5 milhões de toneladas. Traders indianos já assinaram alguns acordos", disse à Reuters.

Londres

Em Londres, na ICE Futures Europe, a quarta-feira foi mista para os contratos do açúcar branco. As duas primeiras telas, de maior liquidez, outubro e dezembro/22, fecharam contratadas a US$ 550,80 e US$ 523,00 a tonelada, valorização de 2,30 e 2 dólares, respectivamente. OS demais lotes, no entanto, fecharam desvalorizados, com depreciação que oscilou entre 90 cents a 3 dólares.

Mercado doméstico

No mercado interno ó último dia de agosto viu as cotações do açúcar cristal fecharem em baixa de 0,91% pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, com a saca de 50 quilos negociada a R$ 125,07. No mês de agosto o indicador acumulou baixa de 4,86%.

Etanol hidratado

Pelo Indicador Diário Paulínia o etanol hidratado fechou ontem a R$ 2.437,00 o m³, contra R$ 2.473,50 o m³ praticado na terça-feira, desvalorização de 1,48% no comparativo entre os dias, fechando o mês de agosto com baixa acumulada de 19,21%.

No dia 1º de agosto de 2022 o biocombustível era negociado pelo Indicador Diário Paulínia a R$ 3.000,50 o m³.