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Chuvas atrapalham colheita na reta final da safra e pressionam cotações do açúcar nas bolsas internacionais
Publicado em 01/12/2022 às 07h47
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Os temporais e chuvas constantes que têm atingido muitas regiões do Brasil há alguns dias têm atrasado a colheita da cana-de-açúcar na reta final do período de antecede a entressafra na principal região produtora do Brasil: o Centro-Sul.

Ontem, as cotações do açúcar fecharam valorizadas nas bolsas internacionais, com o mercado em alerta sobre possível retardamento do final da temporada ou até impedimento da colheita em algumas fazendas. As chuvas também atrapalham o carregamento de açúcar em algumas unidades e portos.

Na ICE Futures, de Nova York, a quarta-feira (30) foi de alta em todas as telas do açúcar bruto. O vencimento março/23 foi contratado a 19,63 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 10 pontos, ou 0,5%, no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela maio/23 subiu, também, 10 pontos, negociada a 18,56 cts/lb. Os demais contratos se valorizaram entre 9 e 12 pontos.

Segundo analistas ouvidos pela Reuters, o contrato março da ICE "encontrou forte suporte técnico em 19 centavos depois de se manter acima desse nível em cada uma das duas últimas sessões".

Londres

Em Londres quase todos os lotes do açúcar branco também fecharam a quarta-feira no azul. A única exceção foi o lote dezembro/23 que fechou com prejuízo de 10 cents de dólar. O vencimento março/23 subiu 5,50 dólares, com a tonelada comercializada a US$ 539,20. Já a tela maio/23 foi contratada a US$ 526,40 a tonelada, valorização de 3,50 dólares. Os demais contratos subiram entre 70 cents e 2 dólares.

Mercado doméstico

No mercado interno o último dia de novembro foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 136,29 contra R$ 135,58 da véspera, valorização de 0,52% no comparativo. No mês de novembro o Indicador acumulou alta de 6,26%.

Etanol hidratado

Já o etanol hidratado encerrou o mês no vermelho pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.877,50 o m³, contra R$ 2.897,50 o m³ praticado na terça-feira, desvalorização de 0,69% no comparativo. No mês de novembro o hidratado acumulou baixa de 1,03% no Indicador.
Rogerio Mian
Fonte: Agência UDOP de Notícias
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