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Perspectiva de déficit mundial acima de 1 mi de toneladas faz cotações do açúcar baterem máxima de 6 anos
Publicado em 01/02/2023 às 07h22
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O mercado internacional do açúcar fechou o último dia útil de janeiro batendo a máxima de seis anos na ICE Futures de Nova York, com a perspectiva de que a commodity termine o ano com déficit de pouco mais de 1 milhão de toneladas, revertendo os três anos seguidos de superávit. A nova perspectiva de déficit foi apresentada ontem em análise da Green Pool.

A queda na produção do adoçante leva em conta problemas com o segundo maior produtor da commodity no mundo, a Índia, que deve produzir, segundo análise da Reuters, cerca de 34 milhões de toneladas de açúcar na safra 2022/223, "uma queda de 7% em relação à previsão anterior".

Outro fator que tem pesado no mercado internacional de açúcar é a possibilidade do retorno dos impostos sobre os combustíveis no Brasil, o que favoreceria a produção de etanol, em detrimento do açúcar.

Diante deste cenário, as bolsas de Nova York e Londres fecharam em forte alta ontem. Na ICE de NY, o lote março/23 foi contratado a 21,76 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 55 pontos no comparativo com os preços de segunda-feira. Durante a sessão o lote chegou a bater 21,82 cts/lb, maior nível desde o final de 2016. Já a tela maio/23 foi contratada a 20,44 cts/lb, valorização de 54 pontos, enquanto os demais vencimentos subiram entre 4 e 46 pontos.

Londres

Em Londres, na ICE Futures Europe, o açúcar branco também fechou valorizado em todas as telas. O vencimento março/23 foi contratado a US$ 580,70 a tonelada, alta de 12 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela maio/23 subiu 12,40 dólares, negociada a US$ 573,10 a tonelada. Os demais vencimentos oscilaram para cima entre 6 e 9,80 dólares.

Mercado doméstico

No mercado interno o último dia de janeiro foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 131,86 contra R$ 130,45 de segunda-feira, valorização de 1,08%. No mês, o Indicador registrou desvalorização de 3,53%.

Etanol hidratado

Já o etanol hidratado fechou o mês em baixa de 0,12% nas cotações do Indicador Diário Paulínia desta terça-feira (31). O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.850,50 o m³, contra R$ 2.854,00 o m³ praticado na segunda-feira. No acumulado de janeiro o indicador do hidratado registrou queda de 3,99%.
Rogerio Mian
Fonte: Agência UDOP de Notícias
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