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Diversas

Disputa será acirrada por cadeiras no conselho da Petrobras
Publicado em 22/03/2024 às 15h15
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Depois de a Petrobras confirmar os nomes dos candidatos da União e de acionistas minoritários para a eleição ao conselho de administração da companhia, em assembleia em 25 de abril, começa uma nova etapa na disputa pelas vagas. Há 13 candidatos para dez lugares em jogo no colegiado. Significa que alguns nomes da União, o controlador da empresa, devem ficar pelo caminho. Do total de postulantes, oito buscam a recondução e há cinco candidatos novos, entre indicados do governo e de outros investidores. A perspectiva é de disputa acirrada pela maioria dos assentos, apurou o Valor.

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O edital de convocação da Assembleia Geral Ordinária (AGO) da estatal está previsto para ser divulgado nesta sexta-feira (22) pela companhia. Todos os candidatos terão de passar pela análise das instâncias internas de governança da Petrobras até a assembleia. Os eleitos vão cumprir mandato de dois anos, entre 2024 e 2026.

Uma das vagas que terá disputa certa é a do representante dos acionistas preferencialistas, eleito em voto em separado do controlador. Concorrem ao posto Jerônimo Antunes, indicado pelo fundo Templeton (Franklini Resources), e Aristóteles Nogueira, com apoio de fundos geridos pelo Opportunity, Ibiuna, XP Gestão e XP Allocation.

Antunes atuou em comitês de auditoria da Petrobras entre 2015 e 2019, na reestruturação de governança pela qual a empresa passou no âmbito da Lava-Jato. O executivo também passou pela BR Distribuidora, quando a empresa ainda era controlada pela petroleira. Antunes disse ao Valor que pretende atuar em prol de uma governança mais forte na companhia: “Minha candidatura vai ter como foco principal o fortalecimento da governança corporativa”, disse.

Nogueira, por sua vez, tem um perfil considerado complementar ao de outros conselheiros minoritários. “Minha candidatura surgiu devido a importância de manter no conselho alguém com conhecimento da indústria do petróleo, com expertise financeira e de alocação de capital, e proveniente do mercado de capitais”, afirmou.

Ambos vão disputar a vaga deixada pelo economista Marcelo Mesquita, que ocupava esse assento e não pode ser reconduzido por ter exercido três mandatos consecutivos, o que é vedado pelo Estatuto Social da companhia.

Na eleição envolvendo os candidatos da União, a disputa também promete concorrência. O governo chega com oito nomes, mas com troca de peças. Houve pedido de voto múltiplo por minoritários, o que embaralha o jogo. Esse é um tipo de votação em que minoritários têm mais chances de eleger nomes porque podem concentrar votos em candidatos. Nesse cenário, a tendência é que se repita o quadro da última assembleia da Petrobras, em abril de 2023, quando a União conseguiu emplacar apenas seis nomes, uma vez que os minoritários, na eleição via voto múltiplo, tem assegurado duas vagas.

Dois candidatos disputam a vaga de Marcelo Mesquita que não pode ser reconduzido

Agora a União propôs a recondução de cinco conselheiros: Pietro Mendes (presidente do colegiado), Jean Paul Prates (CEO), Bruno Moretti, Renato Galuppo e Vitor Saback. A lista divulgada pela Petrobras na noite de quarta-feira (20) não incluiu Sérgio Machado Rezende, ex-ministro da Ciência e Tecnologia, e nome ligado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No lugar de Rezende, entrou na lista Rafael Dubeux, secretário-executivoadjunto do Ministério da Fazenda, que deve garantir na AGO uma vaga no colegiado. Dubeux é visto como nome moderador na relação conturbada entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e Jean Paul Prates. A maioria dos nomes do conselho da Petrobras é ligada a Silveira.

Há ainda, além de Dubeux, outros dois estreantes na relação da União: Benjamin Alves Rabello Filho e Ivanyra Maura de Medeiros Correia. Completase assim a lista de oito nomes da União para o board. Esses candidatos vão concorrer, na eleição pelo voto múltiplo, com os indicados pelos acionistas ordinários: José João Abdalla Filho e Marcelo Gasparino. Ambos concorrerem à reeleição. Há ainda a eleição em separado do controlador pelas ações ordinárias que, por enquanto, tem um só candidato: o advogado Francisco Petros, que busca a reeleição.

AAGO deve referendar ainda a reeleição da conselheira Rosângela Buzanelli, representante dos empregados da Petrobras, que foi realizada em dezembro.

A assembleia, além de eleger o novo conselho, vai tratar da destinação de sobras de lucro para uma reserva de capital. O tema motivou polêmicas na divulgação do balanço em 2023, quando a Petrobras anunciou que não pagaria dividendos extraordinários. Procurada, a Petrobras não se pronunciou até o fechamento desta edição.
 
Fonte: Valor Econômico
Extraído do Clipping da SCA
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