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Diversas

FAPESP e Fundação Nacional de Ciências Naturais da China planejam ampliar a cooperação em pesquisa
Publicado em 26/06/2024 às 10h35
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O encontro entre os dirigentes das duas agências ocorreu na sede da NSFC, situada em Beijing, capital chinesa (foto: Karina Toledo / Agência FAPESP)
 A FAPESP renovou nesta segunda-feira (24/06) o acordo de cooperação científica e tecnológica que mantém desde 2019 com a Fundação Nacional de Ciências Naturais da China (NSFC). A parceria, prorrogada por mais cinco anos, possibilita o financiamento conjunto de projetos de pesquisa desenvolvidos por cientistas do Estado de São Paulo e colegas chineses em áreas de interesse comum.

Até o momento, já foi lançada uma chamada de proposta conjunta com foco no combate às mudanças climáticas (leia mais em: agencia.fapesp.br/37506). Um novo edital está sendo discutido no momento, desta vez para apoiar projetos colaborativos na área de agricultura de precisão.

O encontro entre os dirigentes das duas agências ocorreu na sede da NSFC, situada em Beijing, capital chinesa. A delegação da FAPESP foi recebida pelo vice-presidente da entidade, Lan Yujie, que destacou a importância da cooperação internacional para seu país.

"Em 2023, o presidente Xi Jinping encontrou-se com o presidente Lula e anunciou uma nova era de colaboração com o Brasil", lembrou Yujie. "A FAPESP se tornou um dos mais importantes parceiros da NSFC na América Latina e essa parceria já completa cinco anos. A ciência é nossa linguagem comum e é meu desejo sincero que, com a renovação do nosso acordo, continuemos a expandir a cooperação, incorporando novas áreas – entre elas biodiversidade e oceanografia – e aumentando os investimentos", acrescentou.

O diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP, Carlos Américo Pacheco, disse haver muitas possibilidades ainda a serem exploradas em temas como agricultura e mudanças climáticas, mas destacou também o interesse da Fundação em áreas como saúde, Amazônia e inteligência artificial. "Estamos totalmente de acordo com a ideia de que a ciência é nossa linguagem comum e que a diplomacia da ciência é importante para a relação entre os países", afirmou.

Pacheco também ressaltou que FAPESP e NSFC trabalham de forma similar no que diz respeito à avaliação de projetos e ao processo decisório, o que facilita a interação entre as agências. Além disso, ambas as entidades têm buscado nos últimos anos ampliar o apoio a jovens pesquisadores e a cientistas mulheres, de modo a promover a equidade de gênero na ciência.

"São Paulo é uma pequena parte do Brasil, mas responde por cerca de 40% da produção científica nacional e quase um terço do PIB [Produto Interno Bruto] brasileiro. Não somos uma potência da ciência, como a China, mas temos muito orgulho do papel que desempenhamos no contexto do Brasil e da América Latina", sublinhou Pacheco.

Fomento à inovação

Também presente na reunião com dirigentes da NSFC, o diretor científico da FAPESP, Marcio de Castro Silva Filho, destacou que, além de pesquisa básica e aplicada, a Fundação se dedica a fomentar a inovação e que, portanto, uma das possibilidades a serem exploradas nos próximos anos é a colaboração entre empresas do Estado de São Paulo e da China.

Essa discussão deve ganhar corpo nos próximos dias, durante a 2ª edição da FAPESP Week China, que está sendo organizada em parceria com o China-Lac Technology Transfer Center (CLTTC). O evento ocorrerá nesta sexta-feira (28/06) e no sábado (29/06), nas cidades de Shenzhen e Dongguan, como parte da programação da "Conferência sobre Intercâmbio de Tecnologia e Desenvolvimento de Cooperação China-América Latina". O encontro será uma oportunidade de celebrar os 50 anos de relações diplomáticas entre China e Brasil, o 10º aniversário da primeira FAPESP Week China (realizada em Beijing) e o 1º aniversário do CLTTC.

Além de pesquisadores que atuam em áreas como agricultura de precisão, biomedicina, aeroespacial, carbono verde, ESG (termo referente a ações que demonstram como as empresas lidam com as questões ambientais, sociais e de governança), novos materiais, smart manufacturing, governança global, estudos do campo e políticas públicas, a delegação brasileira inclui representantes de empresas apoiadas pelo Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE). Todos os brasileiros participarão ao longo desta semana de visitas a importantes companhias chinesas sediadas na região, por exemplo, a fabricante de carros elétricos BYD e a BGI, que atua na área de genômica.

A programação de sábado inclui um workshop sobre agricultura de precisão organizado com apoio da NSFC. As discussões entre pesquisadores brasileiros e chineses durante o evento vão ajudar a definir o escopo da chamada de proposta conjunta que será lançada em breve.

Além de Pacheco e Castro e Silva, participaram da reunião com dirigentes da NSFC Eduardo Zancul, conselheiro da Diretoria Científica para Inovação; Patrícia Tedeschi, gerente de Inovação da FAPESP; Ana Paula Yokosawa, gerente-adjunta para Cooperação em Pesquisa; Rafael Andery, secretário-executivo da Iniciativa Amazônia 10; e João Arthur Reis, assessor da Presidência para a Iniciativa Amazônia 10.

Pela NSFC, além de Lan Yujie participaram: Yao Yupeng, diretor-adjunto do Departamento de Ciências da Terra; Zhang Yongtao, diretor-geral do Escritório de Cooperação Internacional; Chen Jing, diretora da Divisão para América e Oceania do Escritório de Cooperação Internacional; Tang Rongda e Luo Jingyu – ambos integrantes da Divisão para América e Oceania do Escritório de Cooperação Internacional.


 
Karina Toledo
Fonte: Agência FAPESP
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