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Diversas

Raízen (RAIZ4): por que o ano safra 2024/25 pode ser o da "verdade" para a companhia
Companhia pode atingir ponto de equilíbrio do ponto de vista da geração de fluxo de caixa neste ano
Publicado em 24/07/2024 às 16h34
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A Raízen (RAIZ4) deve divulgar seu resultado do primeiro trimestre da safra 2024/2025 em 13 de agosto, após o fechamento do mercado. Ontem à noite, porém, divulgou sua prévia operacional trimestral, trazendo uma estimativa de produção de açúcar equivalente entre 3,6 milhões e 3,8 milhões de toneladas para o 1º trimestre da safra 2024/25, contra 3,179 milhões de toneladas no mesmo período do ciclo anterior.

A maior produtora global de açúcar e etanol de cana também estima vendas de açúcar em 2,42 milhões de toneladas no 1º trimestre da safra 2024/25, contra 1,92 milhão de toneladas no mesmo período da safra 2023/24.

Embora os números apontem alguns riscos baixistas para as estimativas, a XP Investimentos acredita que os desvios em relação às suas projeções estão, em sua maioria, incorporados no consenso.

De positivo, a XP ressalta o crescimento de 15% na moagem de cana no período, impulsionada pelo clima favorável.

Por outro lado, a corretora cita as vendas de açúcar 14% abaixo das suas expectativas, bem como os preços 5% abaixo.

O volume de vendas de etanol também ficou 7% abaixo da expectativa da XPe devido à produção de etanol abaixo do esperado

O BTG Pactual espera que o ano safra 2024/2025 seja “o da verdade”, em que espera que a Raízen atinja o ponto de equilíbrio do ponto de vista da geração de fluxo de caixa (graças a alguma racionalização de investimentos depois de queimar cerca de R$ 7 bilhões no ano passado), a partir do qual o banco espera ver algumas tendências de desalavancagem (necessárias) no futuro.

O banco ressalta que a história da Raízen não cumpriu as promessas de IPO nos últimos três anos e, à medida que avança o ano, não espera que todas as questões-chave sejam abordadas, principalmente considerando a sazonalidade dos negócios. Ainda assim, espera ver tendências que talvez possam sinalizar se a Raízen pode finalmente estar perto do ponto em que o enorme capital empregado tanto em E2G como nas áreas de cana-de-açúcar está começando a dar frutos.

Nesse sentido, o banco destaca que temporada de moagem de cana-de-açúcar teve um início forte, chegando a 31 milhões de toneladas (+15% na base anual) – um pouco acima da média da indústria (13%) – refletindo o clima seco do centro-sul do Brasil.

No entanto, os volumes de vendas equivalentes de açúcar e etanol permaneceram estáveis ano a ano (apenas 1,8 milhão de toneladas de açúcar equivalente versus produção de 3,7 milhões), mediante a decisão de manter estoques mais elevados nos próximos trimestres.]

Já o preço médio de venda do etanol e do açúcar ficou 13% e 3% abaixo a/a. Nos combustíveis, os volumes de vendas também permaneceram estáveis tanto no Brasil quanto na América Latina, enquanto a Raízen também indicou que as margens de combustível do Brasil seriam menores tri/tri.

Por outro lado, os volumes de produção de E2G totalizaram 16 milhões de m3, o que é mais de 2 vezes superior na comparação com ano anterior, mas ainda abaixo da capacidade nominal de operação da planta recém-inaugurada.

A equipe de research do BTG também disse não esperar que todas as questões-chave sejam abordadas nesto, principalmente considerando a sazonalidade dos negócios. Ainda assim, espera ver tendências que talvez possam sinalizar se a Raízen pode finalmente estar perto do ponto em que o enorme capital empregado tanto em E2G como nas áreas de cana-de-açúcar está começando a dar frutos.

O banco reitera recomendação de compra e preço-alvo de R$ 7, representando um potencial de alta substancial. Isto, juntamente com tendências mais encorajadoras nos preços do etanol e do açúcar e melhores margens no negócio de distribuição, sugere que o momento pode ser aqui e agora.

Em termos de avaliação, o BTG comenta que as ações são negociadas com desconto de aproximadamente 25% em relação ao múltiplo combinado de seus pares mais óbvios com base nos múltiplos do ano fiscal de 2025.
Felipe Moreira
Fonte: InfoMoney
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