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A China acelerou as importações de commodities em agosto, enquanto as indústrias do país se preparam para um pico de consumo após o fim das férias de verão no hemisfério norte.

Na economia altamente sazonal da China, processadores, fábricas e canteiros de obras geralmente aumentam a atividade antes do início do inverno no final do ano, o que gera uma maior necessidade de matérias-primas.

Mas as importações chegam em uma economia que luta para se libertar de uma tendência deflacionária que continua a minar a demanda e deixa os estoques elevados.

Os dados “sugerem que a demanda está melhorando à medida que a indústria aumenta a atividade antes do inverno”, disse o ANZ Group.

As importações de petróleo subiram 16% em relação a julho, para 49,1 milhões de toneladas, depois que as refinarias encomendaram volumes recordes de barris mais baratos do Irã e as margens de refino tiveram uma ligeira recuperação. Mas o número foi menor em comparação a agosto de 2023 e no acumulado do ano, já que o setor lida com uma economia em desaceleração e a rápida adoção de veículos elétricos.

Os volumes de soja subiram para um recorde de 12,1 milhões de toneladas após a chegada de grandes quantidades de embarques do Brasil, reservados no início do ano.

As importações de minério de ferro diminuíram em julho, mas permaneceram acima de 100 milhões de toneladas. Os estoques nos portos estão no nível mais alto já registrado para essa época do ano, em meio a uma contração do mercado de aço por conta da crise imobiliária.

As exportações de aço da China, fundamentais para reduzir o excedente de oferta doméstico, aumentaram 21% em julho, para 9,5 milhões de toneladas, apesar da retaliação de parceiros comerciais que buscam proteger suas indústrias nacionais.

As compras externas de concentrado de cobre subiram para o segundo maior nível já registrado, para alimentar a nova capacidade de fundição no país.