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Quando começa a primavera em 2024?
Saiba o que esperar do clima durante a estação mais florida do ano
Publicado em 04/09/2024 às 10h25
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Confira a previsão do tempo para a primavera
Foto: Canva/Creative Commoms
A contagem regressiva para a chegada da primavera começou. Em 2024, a nova estação inicia em 22 de setembro, às 9h44 (de Brasília), e termina após 90 dias, em 21 de dezembro, às 6h19 (de Brasília), quando dará espaço ao verão no Hemisfério Sul.

O período florido e marcado pela transição entre o inverno e o verão aproxima-se com a promessa de ser diferente de 2023. De acordo com Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista da Rural Clima, a primavera deve ter temperaturas mais amenas neste ano.

“Setembro e outubro ainda serão com dias quentes, já que não teremos frentes frias passando com regularidade, principalmente, na região Centro-Norte. Mas, na sequência, isso vai mudar”, explica à Globo Rural.
O especialista completa que outra característica da próxima estação será a ocorrência de chuvas regulares pelo país.

“Em um contexto geral do trimestre, outubro, novembro e dezembro terão períodos de precipitação mais frequentes. O Sul, por exemplo, não será tão chuvoso como foi há um ano. A gente lembra que a primavera foi uma calamidade nesses locais pelo excesso de chuva. Mas, agora, será dentro da média”.

A influência do La Niña

A primavera de 2023 esteve sob a influência do El Niño, fenômeno caracterizado pelo aquecimento acima do normal das águas do Pacífico.

Em 2024, a estação vai começar durante o período de neutralidade do clima – e que deve durar pouco tempo. Isso porque, a previsão da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) indica a aproximação do La Niña, que apresenta traços opostos e entra em ação quando a temperatura está -0,5?°C ou menos nas águas superficiais das partes central e leste do Pacífico Equatorial.

“Entre as características dessa movimentação podemos destacar o atraso das chuvas. Há uma tendência que elas só se regularizem a partir da segunda quinzena de outubro. Outro ponto importante é a temperatura. Novembro e dezembro deverão ser marcados por números abaixo da média”, observa Marco Antônio dos Santos.

Podemos ter onda de calor na primavera 2024?

Sim, o fenômeno não é descartado pelos modelos meteorológicos. No entanto, as temperaturas não devem ser tão intensas mesmo com a aproximação do verão.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), cinco ondas de calor se formaram na primavera do ano passado, entre 23 de setembro e 22 de dezembro. A mais ampla e persistente durou 11 dias (8 a 19 de novembro) e fez os termômetros superarem os 40ºC em diversas cidades do Brasil.

O último dia do fenômeno (19/11) foi considerado o mais quente no histórico de medições do país e registrou 44,8ºC em Araçuaí (MG), município a 600 quilômetros de Belo Horizonte. O recorde, até então, havia sido em Bom Jesus (PI), em 21 de novembro de 2005, com 44,7ºC.
O que aconteceu na primavera de 2023?

A estação não ficou marcada apenas pelas temperaturas elevadas. Episódios de seca no Centro-Norte e de chuva intensa no Sul foram observados, conforme balanço do Inmet.

A estiagem causou prejuízos, principalmente, na região amazônica durante a primavera. Os rios Negro e Solimões, por exemplo, tiveram volumes abaixo da média, o que atrapalhou a navegação e o transporte de alimentos provenientes da agricultura. A condição fez a estação ser a segunda mais seca no Norte e Nordeste desde 1961 – o recorde é 2015.

No Sudeste e Centro-Oeste, os volumes de chuva também ficaram abaixo da média em razão do atraso do período mais chuvoso. No entanto, algumas áreas apresentaram números acima do esperado, como no leste de São Paulo e sul de Minas Gerais, com 500 milímetros.

Enquanto a primavera de 2023 foi seca no Norte e Nordeste, o período no Sul superou 2009 e 2015, sendo o mais chuvoso desde a década de 1960 por causa da combinação de sistemas meteorológicos e da presença do El Niño, que resultaram em enchentes e prejuízos à população. Em Passo Fundo (RS), a média que era 500 milímetros saltou para 1.250 milímetros.
Daniela Walzburiech
Fonte: Globo Rural
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