União Nacional da Bioenergia

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Oferta de etanol deverá crescer 3,8% ao ano até 2034, diz EPE
Volume produzido tem potencial para atingir 48,5 bilhões de litros ao final dos próximos dez anos, com a cana-de-açúcar mantendo sua relevância como principal fonte
Publicado em 12/11/2024 às 11h10
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No painel técnico do lançamento do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2034), dedicado aos temas de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, promovido pelo Ministério de Minas e Energia (MME) na última sexta-feira (8), a diretora da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Heloisa Borges, ressaltou que a produção de petróleo e gás natural nos próximos dez anos deverá estar alinhada à estratégia energética nacional. Ela destacou a importância de aproveitar as reservas desses recursos para garantir a segurança energética, impulsionar o desenvolvimento sustentável e financiar a transição energética.

De acordo com as projeções do PDE, a produção de petróleo atingirá seu pico de 5,3 milhões de barris por dia em 2030, começando a apresentar uma queda a partir desse ponto. Em razão disso, Heloisa ressaltou a necessidade de um esforço exploratório imediato em novas fronteiras, a fim de mitigar o declínio da produção e assegurar o suprimento necessário para atender à demanda global, que não apresenta sinais de retração nos próximos dez anos.

A produção bruta de gás natural, por sua vez, deverá quase dobrar até 2034. Em um setor que passará por transformações significativas em sua dinâmica, o gás natural será fundamental para a transição energética do Brasil. Esse cenário exige uma expansão das infraestruturas de escoamento, transporte e processamento, a fim de garantir o suprimento adequado e atender à crescente demanda por esse combustível estratégico. O estudo prevê que os investimentos necessários para esses setores podem chegar a até R$ 2,4 trilhões.

O estudo também aponta que a demanda por derivados de petróleo continuará em crescimento, com os preços começando a refletir os efeitos da transição energética, enquanto o Brasil permanecerá como importador líquido de derivados. A oferta de etanol também deverá aumentar ao longo do período decenal, com uma taxa de crescimento anual de 3,8%, alcançando 48,5 bilhões de litros em 2034, com a cana-de-açúcar mantendo sua relevância como principal fonte. Já a demanda por biodiesel é projetada para atingir 13,6 bilhões de litros em 2034.

Outro ponto de destaque do plano é o potencial de ampliação do aproveitamento da bioeletricidade e do biogás, além da inserção de inovações e perspectivas emergentes, como o uso de SAF (Sustainable Aviation Fuel, na sigla em inglês), Diesel Verde, Hidrogênio e BECCS (Bioenergy with Carbon Capture and Storage, na sigla em inglês). Essas tecnologias representam novas oportunidades para diversificar a matriz energética e acelerar a transição para fontes mais sustentáveis.

O diretor do Departamento de Combustíveis Derivados do Petróleo do MME, Renato Dutra, destacou a importância do estudo para o planejamento energético do país. “O PDE desempenha um papel estratégico ao conectar a gestão de políticas públicas com as metas do país para os próximos dez anos. O principal objetivo do estudo é reforçar a ideia de que a transição energética não é apenas uma prioridade, mas deve ser justa, inclusiva e equilibrada. Isso evidencia que, além da sustentabilidade ambiental, é essencial garantir a segurança energética”, pontuou.

Participaram como comentaristas do painel, além de Dutra, representantes da Petrobras, Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) e Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).
Fonte: Uagro - Universo Agro
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