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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quarta-feira (5/2) que, apesar de reclamações constantes, a infraestrutura brasileira é eficiente e tem melhorado a partir de demandas criadas pelo crescimento da produção agropecuária no país. Segundo ele, se não houvesse essa eficiência, o Brasil não conseguiria abrir mercados e ampliar as exportações, como tem ocorrido nos últimos anos.

"Temos uma infraestrutura eficiente, puxada pelo crescimento da agropecuária e pela demanda dos compradores mundiais dos produtos brasileiros. Se não fosse assim, não estaríamos abrindo mercado. Estamos sendo competitivos", disse o ministro durante anúncio de medidas para melhorar o escoamento da safra de grãos 2024/25.

Segundo Fávaro, quem fala que a infraestrutura logística brasileira é precária alimenta a "síndrome de cachorro vira-lata". Para ele, a abertura de mercados, que chegou a 325 desde o início de 2023, demanda melhorias estruturais para dar competitividade ao agronegócio. "Se não fosse eficiente [a infraestrutura], não estávamos ganhando tanto mercado. Se não tivesse essa retaguarda, para abrir mercado, ser competitivo e vender para o mundo, as coisas não estavam acontecendo", apontou.

Fávaro disse que vai implementar algumas medidas neste ano para melhorar a competitividade do agronegócio e que irão se refletir no escoamento mais eficiente da safra de grãos, carnes, frutas, celulose, cana-de-açúcar e demais produtos agropecuários, que chegará a 1,25 bilhão de toneladas em 2025. Em dez anos, a projeção é que o número se aproxime de 1,5 bilhão de toneladas.

Ele prometeu acelerar a implementação da certificação eletrônica para a exportação de grãos e ampliar a assinatura digital no Certificado Sanitário Nacional (CSN) para as carnes, que começou em abril de 2024. Até agora, já são 80 mil documentos assinados eletronicamente para o trânsito nacional.

Segundo Fávaro, o compromisso deste ano será entregar a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) "completamente digitalizada".

Novos auditores fiscais federais agropecuários que serão contratados após aprovação em concurso público devem ser direcionados para atendimento aos portos, afirmou o ministro. "Daremos prioridades aos portos, para que dê prioridade à fluidez da exportação, garantindo a qualidade e sanidade do que sai do país", afirmou no evento.