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O Ministério de Portos e Aeroportos prevê investimentos públicos de R$ 1,7 bilhão em 2025, alta de mais de 60% em relação aos R$ 1,04 bilhão aportados no ano passado. O investimento privado nos portos é estimado em R$ 18 bilhões para este ano, na comparação com R$ 13,5 bilhões em 2024. Os números foram apresentados pelo ministro, Silvio Costa Filho, e fazem parte do Plano para Escoamento da Safra de grãos 2024/25.

De janeiro a novembro de 2024, 1,2 bilhão de toneladas de produtos em geral passaram pelos empreendimentos portuários de todo o país. Na projeção da Pasta, o fechamento do ano deve ter crescimento de 4,23%, com 1,358 bilhões de toneladas. Desse volume são ao menos 120 milhões de toneladas de soja e 50 milhões de toneladas de milho. Também foram movimentadas 40 milhões de toneladas de fertilizantes.

A movimentação de produtos agrícolas já é maior nos portos do Arco Norte. Por lá, entraram ou saíram 55,5 milhões de toneladas de grãos e fertilizantes de janeiro a novembro de 2024. Em Santos, o volume dos produtos no período foi de 43,6 milhões de toneladas. Paranaguá (PR), Rio Grande (RS) e São Francisco (SC) somam outras 43,3 milhões de toneladas.

A projeção do Ministério dos Portos é de crescimento de 30% do volume de grãos movimentados pelos portos do país até 2035, com uma taxa anual de crescimento de 2%. Segundo a Pasta, estão em curso obras no valor de R$ 850 milhões no eixo Norte e de R$ 1,25 bilhão no Sul.

Em termos de concessões, o ministério prevê R$ 20 bilhões em investimentos de 2024 a 2026, em 50 empreendimentos portuários. Em 2025, a previsão é de aporte de R$ 8,54 bilhões dos concessionários e arrendatários em 21 empreendimentos. São 20 arrendamentos e uma concessão. No Porto de Santos está prevista a aplicação de R$ 4,5 bilhões. Também há expectativa de investimentos de R$ 1,07 bilhão em Paranaguá com a concessão do canal do porto, a primeira dessa modalidade para acesso a um porto público no Brasil.

Apresentação da Pasta mostra que há previsão de investimentos de R$ 3,14 bilhões nas concessões portuárias em áreas para granéis sólidos vegetais, como os grãos mais exportados (soja e milho). O ministério prevê também investimentos de R$ 210 milhões em 2025, em três contratos para granéis sólidos vegetais e fertilizantes, todos no Norte do país.

O ministério ainda prevê aplicação de R$ 946 milhões em obras em hidrovias, como a dragagem de manutenção nos rios Madeira e Tapajós, no Norte, o plano de sinalização náutica nos rios Madeira e Paraná e o início das obras de derrocamento do Pedral do Lourenço no rio Tocantins.

A Pasta também tem expectativa de estruturar uma carteira de projetos para concessão de seis hidrovias: Madeira (RO/AM); Paraguai (MT/MS), Lagoa Mirim(RS), Barra Norte (AP/PA), Tocantins (PA/MA/TO) e Tapajós (PA/MT).

A movimentação de produtos pelas hidrovias brasileiras chegou a 116,6 milhões de toneladas de janeiro a novembro. A previsão é que o ano encerrou com 127,2 milhões de toneladas, uma queda em relação a 2023. Os principais produtos agrícolas escoados pelos rios foram soja (31 milhões de toneladas), milho (22 milhões de toneladas) e fertilizantes (5 milhões de toneladas).

Esses itens representam 50% dos produtos transportados nas hidrovias do Brasil. Segundo o Ministério dos Portos, 97% do total dos grãos movimentados na navegação interior passam pelos portos do Arco Norte.