Agência UDOP

Perspectivas de uma quebra de safra na produção de açúcar na Índia, segundo maior produtor da commodity no mundo, sustentou os preços do açúcar nas bolsas internacionais nessa terça-feira (4), fazendo com que todos os lotes fechassem valorizados, recuperando as perdas dos últimos dias.
 
A Reuters soltou ontem que “existe uma expectativa de que a produção de açúcar da Índia durante o ano comercial de 2024/25, que termina em setembro de 2025, pode cair para 27,27 milhões de toneladas métricas, queda de 14,7% em relação ao ano anterior, já que as usinas provavelmente desviarão mais açúcar para a produção de etanol”.
 
A informação também baseou a análise do Barchart, que confirmou a queda da produção no gigante asiático. “A produção reduzida de açúcar na Índia está impulsionando os preços depois que o Centrum relatou hoje que a produção de açúcar da Índia de 2024/25 de 1º de outubro a 31 de janeiro caiu -12,2% a/a para 16,5 milhões de toneladas”.
 
Nova York
 
Com este cenário em vista, o açúcar bruto pontuou em todas as telas da ICE Futures nessa terça-feira. O contrato março/25 foi comercializado ontem a 19,66 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 40 pontos no comparativo com a véspera. Já a tela maio/25 subiu 32 pontos, contratada a 18,15 cts/lb. Os demais lotes fecharam com alta entre 15 e 29 pontos.
 
Londres
 
Na ICE Futures Europe, de Londres, o contrato março/25 do açúcar branco foi comercializado ontem a US$ 526,80 a tonelada, valorização de 12,70 dólares no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela maio/25 subiu 8,30 dólares, contratada a US$ 511,60 a tonelada. Os demais contratos subiram entre 1,90 e 7 dólares.
 
Mercado doméstico
 
No mercado interno a terça-feira foi de baixa pelo segundo dia consecutivo nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 148,28 contra R$ 150,05 de segunda-feira, queda de 1,18% no comparativo entre os dias.
 
Etanol hidratado
 
A terça-feira foi de pequena variação positiva nas cotações do etanol hidratado medidas pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.954,50 o m³, contra R$ 2.953,00 o m³ praticado no dia anterior, alta de 0,05% no comparativo.