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Soja e milho sobem em Chicago mesmo com tensão comercial entre EUA e China
No pregão desta terça-feira, contratos futuros da soja avançaram 1,58%
Publicado em 05/02/2025 às 09h11
Foto Notícia
As discussões em torno de uma nova guerra comercial entre EUA e China voltaram a pautar o mercado da soja na bolsa de Chicago. Nesta terça-feira (4/2), os lotes com entrega para março fecharam em alta de 1,58%, a US$ 10,75 o bushel.

O governo chinês decidiu responder às tarifas de importação impostas pelo governo do presidente americano Donald Trump. Pequim aplicou taxas de 15% para itens como o carvão que vem dos EUA, além de 10% sobre a importação de petróleo americano.

Diferente do que muitos analistas imaginavam, a reciprocidade nas tarifas entre as nações não afetou negativamente o preço da soja. Segundo Ronaldo Fernandes, analista da Royal Rural, isso não aconteceu porque o cenário geopolítico mudou em relação ao de 2018, ano em que estourou a primeira guerra comercial EUA-China.

“A China não anunciou nenhuma taxa para importação de grãos dos EUA. Além disso, Trump havia prometido um percentual de até 60% em tarifas adicionais, mas esse número ficou em 10%, o que mostra um tom mais ameno de Trump”.

Diante de todas as ações anunciadas pelo republicano e ainda a mudança de postura com relação a outros parceiros comerciais, como México e Canadá, Fernandes vê chances de um novo acordo ser costurado, algo que traria mais pressão de alta para a soja na bolsa americana.

“Trump e Xi Jinping devem se reunir nesta semana, e a expectativa é de que o americano proponha um entendimento obrigando a China a comprar mais produtos dos EUA. Esse foi um acordo costurado lá em 2018 mas que não foi cumprido, e agora pode ser negociado novamente”.

Ainda de acordo com Fernandes, caso esse novo acordo se concretize, ele seria benéfico para a valorização da soja em Chicago, ao passo que causaria uma baixa das cotações do grão no mercado brasileiro.

Milho

O milho se manteve com patamares de preço elevados na bolsa de Chicago. Os contratos para março subiram 1,18%, para US$ 4,9450 o bushel.

Para Ronaldo Fernandes, da Royal Rural, as cotações do cereal tentam romper a barreira dos US$ 5 o bushel desde o ajuste feito pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Em janeiro, o órgão americano reduziu em 7 milhões de toneladas sua estimativa para a safra de milho no país.

As tensões comerciais entre EUA e China são outro ponto de atenção para o mercado, segundo o analista.

“Com o receio de que as taxas afetassem o comércio de soja dos EUA, os produtores poderiam eventualmente aumentar a área destinada ao milho no país neste ano. Mas com os sinais de um acordo entre americanos e chineses, a área com o cereal milho não deve ter um crescimento expressivo”, comenta.

Trigo

No mercado do trigo na bolsa de Chicago, os contratos com vencimento em março fecharam em alta de 1,81%, para US$ 5,77 o bushel.
Paulo Santos
Fonte: Globo Rural
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