Agência UDOP

Os contratos futuros do açúcar fecharam mistos nesta terça-feira (18) nas bolsas internacionais, ainda refletindo dados da quebra de safra na Índia, aumento na produção da Tailândia e chuvas mal distribuídas no Brasil, maior produtor mundial da commodity.
 
Segundo analistas ouvidos pelo Barchart, “os preços do açúcar em Nova York ampliaram na terça-feira o rali de um mês para um novo recorde de dois meses. Os preços subiram após a notícia de segunda-feira de que a produção de açúcar da Índia caiu -12% em relação ao ano anterior, para 19,7 milhões de toneladas métricas (MMT) no acumulado do ano de comercialização, de 1º de outubro a 15 de fevereiro, de acordo com a Associação de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia da Índia”.
 
O que sustenta os preços, ainda, segundo os analistas do Barchart, é a previsão da Alvean, maior trader de açúcar do mundo, que afirmou na semana passada “que a precipitação abaixo da média no Brasil significa que a cana-de-açúcar está subdesenvolvida em algumas áreas. Se as chuvas permanecerem fracas, a colheita, que começa em abril, pode ser atrasada, prejudicando a produção”.
 
ICE Futures
 
Na ICE Futures de Nova York, o contrato março/25 do açúcar bruto fechou cotado a 20,52  centavos de dólar por libra-peso, valorização de 10 pontos no comparativo com os preços da sessão anterior. Já a tela maio/25 fechou estável a 19,16 cts/lb. Os demais contratos oscilaram entre a estabilidade e alta de 3 pontos.
 
ICE Futures Europe
 
Em Londres o açúcar branco voltou a cair em todos os lotes da ICE Future Europe. O vencimento maio/25 foi contratado ontem a US$ 541,80 a tonelada, desvalorização de 5,40 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela agosto/25 caiu 4,80 dólares, contratada a US$ 523,20 a tonelada. Os demais lotes recuaram entre 3,20 e 3,80 dólares.
 
Mercado doméstico
 
Pelo sexto dia consecutivo as cotações do açúcar cristal, medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, fecharam desvalorizadas. A saca de 50 quilos foi negociada ontem pelas usinas a R$ 142,09 contra R$ 142,33 de segunda-feira, queda de 0,17% no comparativo. No acumulado de fevereiro os preços estão 7,28% depreciados.
 
Etanol hidratado
 
Já o etanol hidratado fechou mais um dia em alta pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.952,00 o m³ contra R$ 2.948,00 o m³ praticado no dia anterior, valorização de 0,14% no comparativo.