União Nacional da Bioenergia

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Grandes petroleiras que atuam no Brasil expandem atividades no Suriname
Exploração e produção de petróleo no país vizinho vai receber US$ 9,5 bilhões em investimentos até 2027
Publicado em 21/02/2025 às 09h32
Foto Notícia
Assim como a Guiana, o Suriname está avançando na exploração e produção de petróleo em águas profundas a partir dos investimentos de grandes petroleiras internacionais — a maioria delas, também atua no Brasil. 
 
A Rystad Energy estima que o Suriname vai receber US$ 9,5 bilhões em investimentos até 2027, depois de um montante de US$ 514 milhões em 2014.
  • Entre as companhias que avançam nas atividades no país vizinho estão TotalEnergies, Shell, Chevron e Petronas.
  • Os números indicam que há interesse das majors nas reservas da região, que podem se estender até a Margem Equatorial brasileira. 
  • Os recursos recuperáveis do país estão estimados em  2,2 bilhões de barris de óleo equivalente — abaixo dos cerca de 10 bilhões de barris recuperáveis estimados pela EPE para o lado de cá da fronteira. 
No caso do Brasil, o avanço da exploração depende da obtenção da Petrobras da licença do Ibama para uma perfuração em águas profundas na Bacia da Foz do Amazonas — considerada a mais promissora, mas também de maior sensibilidade ambiental. 
  • As companhias privadas já indicaram que só vão se posicionar na região no norte  do Brasil a depender dos resultados da estatal. 
  • Ao todo, a Petrobras, sozinha, estima investir US$ 3 bilhões em exploração na região até 2029 — a depender, claro, da liberação dos órgãos ambientais.
 A atração de investimentos nos países vizinhos tem sido usada pelo presidente Lula como argumento para que o Brasil também avance na região, apesar das críticas de ambientalistas. 
  • O presidente defende a ideia de que o financiamento da transição energética e do desenvolvimento sustentável na Amazônia virá dos recursos do petróleo.
  • “Suriname e a Guiana estão ficando ricos às custas do petróleo que têm, a 50 quilômetros de nós”, disse Lula no começo do mês. 
Conselho de administração da Petrobras. A estatal recebeu aviso da renúncia de Marcelo Gasparino, membro eleito pelos acionistas minoritários. Ele permanece no cargo até 20 de março. A vaga pode ser preenchida por um substituto nomeado pelo próprio conselho até a próxima Assembleia Geral de Acionistas, que já estava prevista para 16 de abril. 
 
Preço do barril. Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta na quinta-feira (20) com preocupações de oferta após mais um ataque ucraniano contra infraestruturas de energia da Rússia e a divulgação dos estoques nos EUA. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para abril avançou 0,57%, a US$ 76,48 o barril.
 
Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram alta de 4,63 milhões de barris, a 432,49 milhões de barris na semana passada, informou o Departamento de Energia do país. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam alta de 2,4 milhões de barris.
 
GNL. A Petrobras assinou um contrato de 15 anos com a britânica Centrica para a compra de 800 mil toneladas por ano de gás natural liquefeito, com início em 2027. 
  • Segundo a estatal, o acordo reduz a dependência em relação aos preços de curto prazo, aumenta a competitividade e reforça a segurança no abastecimento de gás natural no Brasil. 
Mercado livre de gás. A Samarco ampliou a presença no ambiente de contratação livre de gás natural em 2025, ao fechar com a Eneva o seu primeiro contrato de longo prazo, para abastecimento do Complexo de Ubu, no Espírito Santo.
  • Com o acordo, a mineradora amplia de 10% para 75% a parcela de seu consumo de gás suprido via mercado livre. 
Fertilizantes. A prefeitura de Macaé, no norte do Rio de Janeiro, tenta atrair investidores privados para instalar uma fábrica de fertilizantes nitrogenados no município por meio de parceria público-privada (PPP). Mas, a exemplo de outros projetos do tipo, tem esbarrado nos altos preços do gás natural, insumo de primeira ordem para o negócio.

Cimento com renováveis. A Casa dos Ventos fechou um contrato para fornecer 65 MW para a Cimento Nacional durante 15 anos. O suprimento vai garantir a autossuficiência energética da cimenteira nas unidades produtivas no Brasil. A energia será gerada pelos complexos eólicos Serra do Tigre (RN) e Babilônia Sul (BA). 

Mercado livre de energia. A Gold Comercializadora de Energia ajuizou um pedido cautelar preparatório para a sua recuperação judicial, segundo informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. 

Vazão de Belo Monte. A Justiça Federal da 1ª Região no Amazonas suspendeu a decisão do Ibama que reduzia a vazão da hidrelétrica até 15 de março, por conta do período de defeso, para reprodução dos peixes no Rio Xingu.

Leilões adiados. O governo adiou os leilões de energia nova previstos para este ano. No caso do A-5, que vai contratar pequenas hidrelétricas, a data passou de julho para agosto.  Já o certame para sistemas isolados estava previsto para maio, mas foi postergado para setembro.

Solar no A-5. Vale dizer, os geradores solares pediram ao MME para participar do leilão A-5, sob o argumento de garantir isonomia entre as tecnologias. Para a Absolar, a inclusão da fonte vai gerar vantagens para as tarifas de energia elétrica pagas pelos brasileiros.

Fundo para calamidades. O plenário da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que suspende bandeiras tarifárias e cortes de energia elétrica, água e esgoto em caso de calamidade pública. 
  • O projeto prevê que as distribuidoras de energia serão ressarcidas pela União por meio do Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil (Funcap). 
Hidrogênio de olho no acesso à rede. Associações da indústria eólica e de hidrogênio enviaram uma carta ao MME solicitando a antecipação do cronograma de entrega de estudos para acesso à rede de transmissão. 
  • As associações destacam que a conclusão desse estudo pela EPE está prevista apenas para dezembro de 2025, prazo desalinhado com os cronogramas de decisão de investimento de importantes projetos em andamento.
 R$ 1 trilhão.  É o valor que a indústria verde pode adicionar ao PIB brasileiro até 2030, segundo um mapeamento da PwC Strategy& encomendado pela Abrace. O relatório apontou que o Brasil tem cerca de 30 rotas industriais que podem criar mais de três milhões de empregos.
Gabriela Ruddy
Fonte: Agência eixos
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