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Diversas

Com piora no cenário hidrológico, ONS apresenta novas medidas preventivas para manutenção da garantia de atendimento à ponta de carga do Sistema Interligado Nacional
Entre as propostas estão a ampliação da disponibilidade de usinas térmicas e o início da operação de novas linhas de transmissão
Publicado em 05/09/2024 às 09h17
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O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou, nesta terça-feira (3/9), durante a reunião ordinária de setembro do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), as projeções para o período de setembro a fevereiro de 2025. 

Diante da piora do cenário hidrológico, com a expectativa da pior Energia Natural Afluente (ENA) das regiões Sudeste e Centro-Oeste em setembro nos últimos 94 anos, o Operador apontou as medidas operativas para a manutenção da garantia do atendimento à ponta de carga, ou seja, para os horários de maior consumo de energia

Além do cenário de afluências muito abaixo da média, o aumento na demanda por energia e as temperaturas elevadas exigem atenção redobrada na coordenação do Sistema Interligado Nacional (SIN).

As propostas apresentadas ao CMSE objetivam a manutenção do pleno atendimento às demandas de potência da sociedade, nos horários de pico de consumo, em um cenário desafiador, no qual as condições climáticas têm se mostrado adversas, em especial na região Norte do país.

Nesse sentido, foram solicitadas pelo ONS e aprovadas pelo CMSE as seguintes medidas:

• Manutenção, ao longo de novembro, do despacho antecipado pré-definido das térmicas à GNL de Santa Cruz e Linhares, por ordem de mérito, conforme indicado pelo Programa Mensal de Operação do mês de setembro;

• Viabilização da disponibilidade das UTEs Santa Cruz, Linhares e Porto Sergipe, de modo flexível, para atendimento à ponta de carga do sistema, entre setembro e dezembro de 2024, com a autorização, por parte da Aneel, de seus respectivos Custos Variáveis Unitários – CVUs. A medida visa ampliar a disponibilidade dessas usinas;

• Reconhecimento da importância da operação do reservatório intermediário da UHE Belo Monte com vazão mínima de 100m³/s, considerando as autorizações necessárias e respeitando a legislação vigente;

• Reconhecimento da importância da entrada em operação de cinco novas linhas de transmissão: LT 500 kV Porto do Sergipe – Olindina, LT 500kV Olindina - Sapeaçu; LT 500 kV Terminal Rio – Lagos C1 e C2 e LT 345 kV Leopoldina 2 – Lagos, de forma a assegurar o pleno escoamento de potência da térmica de Porto Sergipe e de outras térmicas localizadas na área do Rio e Espírito Santo. Na hipótese de atraso nas respectivas obras, e utilização de todos os recursos disponíveis, foi proposta a utilização de critérios de desempenho e segurança menos restritivos, com a maximização na utilização de linhas de transmissão locais, conforme estabelece os Procedimentos de Rede do ONS. 

O Operador reiterou com as instituições do setor elétrico que irá monitorar os resultados das iniciativas implementadas com o intuito de assegurar o atendimento à ponta de carga do SIN.

Perspectivas para os próximos 6 meses

As projeções do ONS indicam que os níveis dos reservatórios devem seguir reduzindo até o final de novembro. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a Energia Armazenada (EAR) estimada para o final de fevereiro está num intervalo entre 50,8%, no cenário desfavorável, e 79,2%, no mais positivo. No primeiro caso, seria 13,7 pontos percentuais inferior ao aferido em fevereiro de 2024, ao passo que a projeção mais alta estaria 14,7 pontos superior ao mesmo período deste ano.

A perspectiva de EAR para o SIN para fevereiro de 2025 é similar, com a EAR devendo variar entre 56,4% (9,2 p.p. abaixo de fevereiro de 2024) e 77,9% (12,3 p.p. superior ao mesmo mês deste ano).

Em relação à Energia Natural Afluente, as condições no Sistema Interligado Nacional (SIN), no período entre setembro de 2024 e fevereiro de 2025, variam entre 82% e 119% da Média de Longo Termo (MLT).
Fonte: ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico
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