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Presidência brasileira do G20 e B20 pode colocar biocombustíveis no topo da agenda global, diz Raízen
Vice-presidente de Estratégia, M&A e Sustentabilidade da Raízen, Paula Kovarsky destacou a capacidade de o etanol alcançar, a curto prazo e em escala adequada, a demanda por biocombustível
Publicado em 13/09/2024 às 11h33
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A presidência brasileira do G20 e do B20 é uma oportunidade para se colocar os biocombustíveis “objetivamente” no topo da agenda global, afirmou nesta quarta-feira (11) a vice-presidente de Estratégia, M&A e Sustentabilidade da Raízen, Paula Kovarsky.

Ao participar da Mesa Redonda G20-B20 sobre Mobilização de capital para o financiamento climático e soluções baseadas na natureza, ela destacou a capacidade de o etanol alcançar, a curto prazo e em escala adequada, a demanda por biocombustível. O B20 é o grupo de engajamento dos empresários, que trabalha em parceria com o G20 em diferentes temas.

“Essa é uma oportunidade única de, liderando o G20 e o B20, a gente possa objetivamente colocar os biocombustíveis e o etanol mais para cima na pauta global. Não basta encontrar uma solução renovável, ela tem que ser renovável e sustentável”, disse.

Para Kovarsky, o setor de etanol “é super competitivo” e que há oportunidade para alcançar o patamar de reconhecimento correto no mercado internacional.

Ela reconheceu os desafios “importantes” que ainda existem no mercado internacional para o enquadramento do etanol como biocombustível. Se há avanços nos Estados Unidos, na Europa ainda há obstáculos nesse sentido, por causa da competição com alimentos.

“Na Europa, tem uma série de barreiras teoricamente competir com alimentos. E eles [europeus] querem um biocombustível avançado”, notou.

Enquanto biocombustíveis de primeira geração são produzidos a partir da cana de açúcar, cereais e oleaginosas, os biocombustíveis de segunda geração ou avançados são feitos a partir de resíduos de alimentos ou detritos.

A executiva da Raízen argumenta que não há volume suficiente de biocombustíveis avançados para atender a demanda a curto prazo, o que reforça a necessidade de espaço para o etanol no mundo.

“Em escala e em volume, a gente vai não conseguir resolver o problema com biocombustíveis avançados, pelo menos não a curto prazo. Como país, a gente tem que defender que o etanol seja visto também como um combustível de transição, até para os combustíveis avançados, porque é uma coisa disponível”, diz Kovarsky.

Ela comemora os avanços no debate sobre biocombustíveis no B20 nos últimos anos. Na presidência da Indonésia, em 2022, o documento final do B20 não incluía nem mesmo a palavra “biocombustíveis”, contou.

Um dos motivos desses progressos, segundo ela, tem sido a coalização com outros países em torno da agricultura tropical, mais eficiente que a agricultura temperada.

“Na presidência da Índia, conseguimos trazer mais países e mais gente para essa coalizão. A agricultura tropical é mais eficiente que a agricultura temperada. Então eu preciso fazer a conta da contribuição, seja da pegada de carbono, da eficiência ou da competição com alimento, sob a ótica da agricultura tropical”, disse ela.

 
Lucianne Carneiro
Fonte: Valor Econômico
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