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Ameaça à infraestrutura no Oriente Médio impacta mercado de petróleo
Refinarias iranianas podem ser alvo da retaliação de Israel após ataques na última semana
Publicado em 04/10/2024 às 09h17
Foto Notícia
A infraestrutura de refino de petróleo do Irã está entre os possíveis alvos de uma retaliação de Israel aos ataques sofridos esta semana. 
 
Ao ser questionado na quinta-feira (03/10) sobre um eventual apoio para ataques às refinarias no Irã, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, respondeu, de forma evasiva, que o assunto está em discussão (Al Jazeera, O Globo). 

O conflito no Oriente Médio entrou em uma nova fase esta semana, depois que o Irã lançou um ataque de mísseis contra Israel. 
Segundo a S&P Global Commodity Insights, a possibilidade de que o conflito atinja os ativos de petróleo e gás da região colocou uma pressão para a alta nos preços do barril. 

As incertezas sobre o suprimento iraniano levaram as cotações do petróleo tipo Brent a encerrar a quinta a US$ 77,9 por barril, alta de 4,33% nas negociações para entrega em dezembro. 

“A escalada do conflito no Oriente Médio em uma operação militar de larga escala tem potência para afetar ativos de upstream (por exemplo, em ataques aos campos de produção iranianos) ou de midstream (ataques aos portos de carregamento de óleo bruto e combustíveis no Irã ou retaliação aos hutis no Mar Vermelho ou no Golfo de Aden)”, disse a S&P em análise.  
A capacidade de refino iraniana é de 2,4 milhões de barris/dia, uma das maiores do Oriente Médio.

O processamento de petróleo no país ocorre em dez ativos, sendo as maiores as refinarias de Isfahan (370 mil barris/dia), Abadan (360 mil barris/dia) e Bandar Abbas (320 mil barris/dia). 
 Há receios também sobre uma eventual interrupção dos fluxos no Estreito de Ormuz, na costa iraniana, por onde os países do Oriente Médio escoam um volume de petróleo que corresponde a mais de 20% da demanda global.

Petrobras e Itaipu Binacional. A Petrobras e a Itaipu Binacional anunciaram a intenção de formalizar parcerias na área de inovação tecnológica. Os termos gerais do acordo foram discutidos pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri.
 
Descoberta na Colômbia. A Petrobras confirmou a extensão das descobertas na Bacia de Guajira, na Colômbia. Ao todo,  os poços Uchuva-1 e Uchuva-2 têm cerca de 6 trilhões de pés cúbicos in place. A viabilidade comercial da reserva ainda vai demandar novos estudos.
 
Cade analisa entrada da Prio em Peregrino. A Superintendência-Geral do Cade iniciou a análise da aquisição pela Prio dos 40% de participação da Sinochem no campo de Peregrino, na Bacia de Campos. Após a conclusão da transação, a Prio passará a ser sócia da Equinor, que opera o ativo com 60% de participação. 
 
IBP é contra proposta da ANP para conteúdo local da ANP. O IBP se manifestou contra a posição da ANP na análise de impacto regulatório (AIR) para a alteração dos cálculos de cumprimento de índices de conteúdo local. O IBP pede que a agência continue a considerar a parcela de nacionalização de bens e serviços mesmo quando os índices forem menores do que o mínimo. O tema vai ser debatido em audiência pública marcada para a próxima terça (8/10). 

Segundo a proposta da ANP, as compras de fornecedores brasileiros deixariam de ser consideradas nos cálculos em casos em que a aquisição nacional de bens brasileiros ficar abaixo de 60% e a de serviços for inferior a 80%. 
Ternium no mercado livre de gás. A siderúrgica Ternium, localizada no Rio de Janeiro, migrou para o mercado livre de gás natural no início de outubro. O suprimento será feito pela Petrobras. As empresas também pretendem desenvolver outras parcerias e sinergias para negócios no setor de gás e aderentes à agenda de descarbonização da siderurgia.

Termopernambuco liberada para operar. A Aneel autorizou a retomada da operação comercial da Termopernambuco (PE), da Neoenergia. A liberação ocorreu depois da comprovação do fechamento do contrato de suprimento de gás natural para abastecer a termelétrica, firmado com a Eneva. 

A retomada das atividades na usina permite a antecipação do contrato da unidade para suprimento de potência, uma das ações anunciadas pelo governo para reduzir os impactos da atual crise hídrica no sistema elétrico.
 Angra 1 em operação. A usina nuclear de Angra 1 voltou a operar com potência máxima depois de reduzir a carga devido a um incêndio que desligou uma linha de transmissão. O problema foi causado por queimadas, que afetaram uma linha de transmissão de 500 kV da Eletrobras.
 
MME entra em iniciativa para CCUS. O MME confirmou a adesão do Brasil à iniciativa de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS), promovida pela Clean Energy Ministerial (CEM). O anúncio ocorreu em Foz do Iguaçu (PR), que recebe os debates do G20 sobre transição energética. A iniciativa integra 15 países que lideram esforços globais para acelerar o desenvolvimento e a implementação da tecnologia de CCUS no mundo.
 
Pobreza energética. O ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira e a copresidente da agência UN-Energy da ONU, Damilola Ogunbiyi, acordaram a construção de um pacto global para o combate à pobreza energética no mundo, em especial, nos países africanos. O ministro também acertou a construção de um projeto nos países da África, por meio da EPE, com base no Luz Para Todos.
 
África quer investimentos em energia. Com metade da sua população sem acesso a eletricidade, os países africanos querem um redirecionamento dos investimentos globais em energia para inaugurar uma nova fase econômica no continente e tirar pessoas da pobreza, disse nesta quinta (3/10) a comissária de infraestrutura e energia da União Africana, Amani Abou-Zeid. Leia na Diálogos da Transição. 
 
Noruega avança na descarbonização marítima. Enquanto isso, o maior produtor de combustível fóssil da Europa ocidental, a Noruega acumula duas décadas de busca por soluções para reduzir as emissões marítimas. No começo do século, já havia iniciativas para a adoção de barcos de apoio movidos a gás natural liquefeito. As próximas apostas do país nórdico incluem motores movidos a amônia e as células a combustível. Há ainda projetos para avaliar o uso da energia elétrica produzida nas eólicas offshore para recarregar embarcações com motores elétricos.
 
Disputa diplomática. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que existe uma intensa disputa diplomática internacional sobre as soluções para enfrentar a crise climática. O debate envolve os mecanismos para reduzir emissões e promover a sustentabilidade, com potencial de gerar desigualdades entre países ricos e pobres, na visão de Mercadante.
 
Monitoramento das políticas públicas contra mudanças climáticas. O TCU apresentou nesta quinta-feira (3/10), na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, a ferramenta ClimateScanner, que vai permitir o monitoramento da eficácia das políticas públicas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas em escala global, a partir de uma metodologia comum. A ferramenta será lançada oficialmente na COP29, que vai acontecer em novembro no Azerbaijão. 
 
Risco climático. Análise da plataforma de divulgação ambiental CDP revela que há um potencial inexplorado de US$ 165 bilhões em receitas para o setor privado no combate a riscos climáticos da cadeia de suprimentos. Segundo o relatório, empresas que cortaram suas emissões de Escopo 3 economizaram US$ 13,6 bilhões em todo o mundo, sendo US$ 298,18 milhões na América Latina.
 
Padrão para o SAF. O mundo precisa avançar na definição de um padrão internacional para os combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, em inglês), se quiser construir um mercado robusto, disse na terça (1/10) a diretora de Petróleo, Gás e Biocombustíveis da EPE, Heloísa Borges.
 
Metanol a partir de carbono. A Braskem e a University of British Columbia (UBC) vão estudar a viabilidade de produção de metanol a partir de monóxido de carbono (CO) em um reator eletroquímico. O projeto, que terá duração de um ano, será financiado pela Braskem.
 
Gabriela Ruddy
Fonte: AGÊNCIA eixos
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