União Nacional da Bioenergia

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Mudança tributária melhora competitividade do etanol hidratado, diz BTG
Preço do hidratado, com a nova carga tributária, deveria ficar em R$ 2,90 o litro para estar equivalente ao rendimento da gasolina
Publicado em 16/12/2024 às 10h06
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A monofasia tributária do PIS/Cofins sobre o etanol — ou seja, sua tributação em apenas um elo da cadeia, no caso sobre os produtores — melhora a competitividade do etanol hidratado em relação à gasolina, na avaliação do BTG, que mantém sua recomendação de compra para as ações de produtores do biocombustível, como São Martinho, Jalles e Adecoagro.

De acordo com a regulamentação da reforma tributária votada nesta quinta-feira (12/12) pelo Senado, durante a fase de transição da reforma passa a incidir sobre o etanol anidro e hidratado uma carga de aproximadamente R$ 0,19 o litro tanto sobre o etanol hidratado como sobre o anidro.

Em relatório do banco, os analistas Thiago Duarte e Guilherme Gutilla, observam que a carga tributária sobre o etanol hidratado será reduzida (já que é hoje de R$ 0,24 o litro), enquanto a do anidro será elevada (hoje é de R$ 0,13 o litro), impactando o preço final da gasolina nas bombas.

Os analistas consideram que o preço do etanol hidratado, com a nova carga tributária, deveria ficar em R$ 2,90 o litro para estar equivalente ao rendimento da gasolina (ou seja, a 70% do valor do combustível fóssil). Sem a alteração do imposto, o preço de paridade seria menor, de R$ 2,84 o litro.

As mudanças na regulamentação da reforma tributária votada no Senado precisam agora ser apreciadas pela Câmara, para posterior sanção presidencial.

Se a mudança entrar em vigor logo, os preços do etanol tendem a se recuperar mais rápido que o esperado. “A lei deve ajudar a sustentar nossa expectativa de recuperação dos preços do etanol, impulsionando a competitividade em um cenário em que a demanda parece estar ultrapassando os níveis de oferta”, escreveram os analistas.

Dado o ritmo de demanda atual, a safra 2024/25 (que termina em março) encerraria com um consumo total (hidratado e anidro) de 33,4 bilhões de litros, acima dos 31 bilhões de litros de disponibilidade doméstica esperada.
Por Camila Souza Ramos — São Paulo
Fonte: Globo Rural
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