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USDA traz poucas mudanças nas previsões para soja, mas reduz estimativa para o milho no Brasil
Dados divulgados não tiveram força para mexer com as cotações na bolsa de Chicago
Publicado em 12/02/2025 às 08h28
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Mesmo com indicação de oferta mundial de soja menor, o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgado nesta terça-feira (11/2) não teve força para movimentar o mercado, com as cotações na bolsa de Chicago operando com estabilidade.

O órgão reduziu em 0,8%, na comparação com janeiro, sua previsão para a safra global da oleaginosa em 2024/25, que deve totalizar 420,76 milhões de toneladas. Houve também um corte acentuado para previsões de estoques finais mundiais, de 3,1%, para 124,34 milhões de toneladas.

Nos Estados Unidos, que tiveram um corte inesperado das previsões no último relatório, o dado desta terça-feira teve impacto quase nulo para o mercado. O USDA manteve a previsão de colheita no país em 118,84 milhões de toneladas, e os estoques finais também não sofreram mudanças, permanecendo em 10,34 milhões de toneladas. Analistas, no entanto, esperavam para um ajuste na casa das 10,1 milhões de toneladas.

Para o Brasil, o número do USDA decepcionou os analistas, que esperavam uma estimativa de produção de 169,9 milhões de toneladas, enquanto o dado oficial foi de 169 milhões, o mesmo de janeiro.

Com o foco dos agentes de mercado na safra da América do Sul, o número projetado para a Argentina surpreendeu. A estimativa mensal de produção caiu 5,8%, para 49 milhões de toneladas, versus 50,4 milhões de toneladas esperadas por analistas.

Milho

Sem surpresas, os dados do USDA para o milho também não causaram alterações consideráveis nas cotações do cereal em Chicago. A estimativa para a produção brasileira em 2024/25 foi reduzida em 1 milhão de toneladas, para 126 milhões de toneladas. No relatório de oferta e demanda, o órgão justifica o corte pelo atraso no plantio da safra de inverno, devido a uma colheita de soja mais lenta que o esperado.

Com esse corte, o USDA diminuiu a estimativa de exportação brasileira, de 47 milhões para 46 milhões de toneladas. E manteve os estoques finais do país em 2,84 milhões de toneladas de trigo.

Na vizinha Argentina, o USDA também cortou a estimativa de colheita em 1 milhão de toneladas devido ao clima quente e seco, que tem reduzido a expectativa de rendimento. A previsão é que o país tenha 50 milhões de toneladas do grão. Os estoques devem ficar em 2,79 milhões de toneladas.

No que diz respeito à safra americana - que influencia fortemente dos preços na bolsa de Chicago - o USDA manteve a estimativa de produção em 2024/25 em 377,63 milhões de toneladas. Com o restante do quadro de oferta e demanda igual no país, os estoques ficaram em 39,12 milhões de toneladas. Analistas ouvidos pelo “The Wall Street Journal” acreditavam que haveria um corte nas expectativas de estoque, com uma média prevista de 38,7 milhões de toneladas.

O USDA também fez um pequeno ajuste no quadro global de oferta e demanda e reduziu em 2 milhões de toneladas o número, para 315,81 milhões de toneladas. Dessa forma, mantida a produção em 1,2 bilhão de toneladas, também foram necessários cortes na expectativa de estoques, que passaram de 293,34 milhões para 290,31 milhões de toneladas.
Fernanda Pressinott e Paulo Santos
Fonte: Globo Rural
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