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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT), deve deixar o cargo ainda hoje. Já prevista na iminente reforma ministerial, sua saída acabou antecipada pelo imbróglio envolvendo a suspensão do Plano Safra pela Secretaria do Tesouro. Fávaro se sentiu desprestigiado pelo governo e ainda virou alvo da bancada do agronegócio, que já havia marcado uma reunião para hoje com o objetivo de “romper com o ministro”.

Ciente do desgaste, Gilberto Kassab se antecipou e negociou com Lula a substituição de Fávaro pelo deputado Arnaldo Jardim, vice-presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio e presidente das frentes parlamentares pelo Brasil Competitivo, do Cooperativismo, da Economia Verde e, também, da Comissão Especial da Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde.

Jardim foi considerado o melhor deputado federal de 2024 pelo Ranking dos Políticos.

A troca dos ministros pode aliviar a pressão do setor sobre o governo, mas ainda é pouco. Dias após anunciar a suspensão do programa de fomento e sofrer com a reação do setor, o governo resolveu anunciar a abertura de um crédito extraordinário de R$ 4 bilhões. O valor, porém, é considerado insuficiente.