Agência UDOP

Os contratos futuros do açúcar fecharam no vermelho nesta terça-feira (19) em todos os mercados internacionais. Segundo analistas ouvidos pela Reuters, a commodity segue pressionada com as decisões no principal produtor mundial, o Brasil, de baixar os tributos para os combustíveis, e o anúncio da Petrobras de baixa nos preços da gasolina, o que pode desestimular as usinas a produzirem o etanol, aumentando a parcela de cana para a produção de açúcar.

Em Nova York o açúcar bruto, lote outubro/22, foi contratado ontem a 18,84 centavos de dólar por libro-peso, 57 pontos, ou 2,9%, a menos do que as cotações de segunda-feira. O lote março/23 caiu 50 pontos, negociado a 19,03 cts/lb. As demais telas recuaram entre 31 e 43 pontos.

Ainda segundo a Reuters, os negociantes disseram que os preços mais fracos do etanol no Brasil podem aumentar a produção de açúcar na região centro-sul, já que as usinas consideram mais lucrativo produzir o adoçante.

"Os contratos futuros de açúcar bruto ampliaram as perdas depois que a Petrobras anunciou um corte nos preços da gasolina, o primeiro movimento desse tipo desde dezembro. A medida tende a aumentar a pressão sobre os preços do etanol", disseram os analistas ouvidos pela Agência Internacional de Notícias.

Londres

Em Londres o açúcar branco também derreteu nesta terça-feira na ICE Futures Europe. O lote outubro/22 foi contratado ontem a US$ 539,60 a tonelada, recuo de 14,50 dólares no comparativo com os preços praticados na véspera. Já a tela dezembro/22 caiu 11,20 dólares, negociada a US$ 519,70 a tonelada. Os demais contratos fecharam no vermelho entre 6,60 e 10,80 dólares.

Mercado doméstico

No mercado interno o açúcar cristal fechou valorizado nesta terça, pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 131,12 contra R$ 131,00 de segunda-feira, valorização de 0,09% no comparativo entre os dias.

Etanol hidratado

O etanol hidratado também fechou a terça-feira valorizado pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 3.034,50 o m³, contra R$ 3.015,00 o m³ praticado na segunda-feira, valorização de 0,65% no comparativo entre os dias.