União Nacional da Bioenergia

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Bioind: Mato Grosso registra recorde na produção de açúcar e o maior índice de rendimento industrial na produção de etanol na safra 2023/24
Estado registra aumento de 9,4% em etanol, com 1,118 milhão de m³, e de 10,6% na moagem de cana, 17,65 milhões de toneladas, mesmo volume da safra recorde de 2019/2020
Publicado em 03/01/2024 às 09h04
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Bioind MT (Indústrias de Bioenergia do Mato Grosso) divulga balanço da safra 2023/24 de cana-de-açúcar no Estado mato-grossense, um dos maiores produtores de etanol e derivados bioenergéticos. A moagem da cana teve aumento de 10,6%, totalizando 17,65 milhões de toneladas, o mesmo volume da safra recorde no Estado registrado na temporada 2019/2020.

Da safra 2023/24, 12,08 milhões foram destinados a produção de etanol e 5,57 milhões tiveram como destino a produção de açúcar, o que representa uma redução de 3,59% e um aumento de 64,79%, respectivamente. A produção de açúcar atingiu o recorde de 537,7 mil toneladas, volume 7% superior à safra anterior.

Dentre os motivos para esse movimento, está a menor oferta de açúcar no mercado internacional, limitado em função da quebra de safra da cana em países asiáticos, como Índia e Tailândia, o que estimulou os preços no mercado mundial e a demanda pelo produto produzido no Brasil. Este cenário fez as exportações de açúcar mato-grossense registrarem o maior volume desde 2009, segundo dados da Secretária de Comércio Exterior (Secex).

A produção de etanol de cana-de-açúcar foi de 1,118 milhão de m³, um aumento de 9,4% em relação à temporada anterior. Deste total, o Mato Grosso produziu a partir da cana 779,4 mil m³ de etanol hidratado e 396,61 mil m³ de etanol anidro. Ou seja, o biocombustível que vai direto para as bombas teve uma participação de 66,28% e do etanol que é utilizado na mistura com a gasolina, de 33,72%. Assim, se comprado com a safra anterior, a participação do hidratado sobre o mix teve um aumento de 2,69 p.p.

O aumento da produção de etanol foi resultado da melhor performance de produção das indústrias no Estado, e o de açúcar ocorreu devido ao maior foco na produção para atender a demanda externa. Nesta safra, o rendimento industrial na produção de etanol em Mato Grosso atingiu 96 litros/tonelada, o maior desde o início da série histórica.

Para o próximo ciclo de cana, é esperado que o mercado internacional se mantenha aquecido para o açúcar e o mix de etanol seja mais voltado para a produção de hidratado, uma vez que o biocombustível deve permanecer com alta liquidez no mercado.

“Nossa expectativa é que, no fechamento desta safra 2023/24, o Mato Grosso assuma a posição de vice-líder na produção nacional de etanol. A indústria de bioenergia do Estado vem, a cada ano, assumindo maior protagonismo no setor, tanto pelo crescimento na produção quanto pelo desenvolvimento de soluções de tecnologias de baixo carbono, aliadas à produção de alimentos e à conservação de biomas”, afirma o presidente do Bioind MT, Silvio Rangel.

O Mato Grosso concorre para ter a primeira indústria de etanol carbono negativo do mundo, por meio da tecnologia de BECCS (bioenergia com captura e armazenamento de carbono) que está sendo desenvolvida em indústrias instaladas no Estado.

No primeiro trimestre de 2024, o Bioind MT vai divulgar os dados consolidados da safra 2023/24 com o encerramento da produção de etanol de milho. A expectativa é que o Estado produza 5,51 milhões de m³ de etanol, quando somado o de milho e cana-de-açúcar.
Fonte: BIOIND - Indústrias de Bionergia de Mato Grosso
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