Agência UDOP

Os contratos futuros do açúcar iniciaram a semana em alta nas bolsas internacionais, impulsionados, segundo analistas, pelo declínio na produtividade decorrente das condições climáticas desfavoráveis no Brasil, maior produtor e exportador global, e os impactos dos incêndios que assolaram milhares de hectares de cana no mês de setembro.
 
Na ICE Futures de Nova York, a tela março/25 do açúcar bruto fechou ontem (14) a 22,39 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 15 pontos, ou 0,7%, no comparativo com os preços da sessão anterior. O mercado tenta se consolidar após uma queda na última semana de 3,3%. Já a tela maio/25 subiu 11 pontos, contratada a 20,70 cts/lb. Os demais contratos fecharam no azul entre 1 e 10 pontos.
 
Segundo a Reuters, “os operadores disseram que um declínio maior do que o esperado na produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil na segunda metade de setembro ajudou a sustentar os preços. A empresa de commodities Wilmar International cortou na segunda-feira suas projeções para a produção de açúcar no Brasil na temporada 2024/25, afirmando que os rendimentos agrícolas e a qualidade da cana estão caindo rapidamente devido à seca e aos incêndios nas terras agrícolas”.
 
Londres
 
Na ICE Futures Europe, de Londres, a segunda-feira também foi de alta em todos os lotes do açúcar branco. O vencimento dezembro/24 foi contratado a US$ 575,30 a tonelada, valorização de 5,60 dólares, ou 1%, no comparativo com a sessão anterior. Já a tela março/25 foi contratada a US$ 579,50 a tonelada, valorização de 4,50 dólares. Os demais vencimentos subiram entre 1,30 e 3,90 dólares.
 
Mercado doméstico
 
No mercado interno a segunda-feira foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 150,35 contra R$ 150,00 de sexta-feira, valorização de 0,23% no comparativo. No acumulado do mês de outubro o Indicador está 2,75% valorizado.
 
Etanol hidratado
 
Pelo oitavo dia consecutivo as cotações do etanol hidratado fecharam valorizadas ontem pelo Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.684,50 o m³, contra R$ 2.662,00 o m³ praticado na sexta-feira, valorização de 0,85% no comparativo. No acumulado de outubro o indicador está 4,23% valorizado.