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Açúcar: tendência baixista marcou a última semana, de olho no mercado asiático
Produção chinesa cresceu 53% em relação ao ano anterior, atingindo 1,37 Mt até o final de novembro
Publicado em 17/12/2024 às 14h03
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Na semana passada, os preços do açúcar caíram devido a fatores diversos. “A Tailândia iniciou sua moagem em dezembro, com resultados positivos: produção de 193kt de açúcar, a partir de 2,7Mt de cana, produtividade superior à do ciclo anterior, de 23/24”, observa Lívea Coda, analista de Açúcar e Etanol da Hedgepoint Global Markets.

No dia 10 de dezembro, o Escritório de Normas de Produtos Agrícolas da China (AGDA) suspendeu as importações de xarope e misturas de açúcar tailandesas por preocupações sanitárias, deixando cerca de 1Mt de açúcar sem destino. “Isso ocorre em um momento em que a colheita chinesa apresenta resultados excepcionais, com produção 53% maior em relação ao ano passado, e menor demanda por importações – passando de 920kt para 540kt, em outubro deste ano, em comparação ao mesmo período no ano anterior”, diz aanalista.

Além disso, o relatório da Unica indicou uma moagem acumulada surpreendente que ultrapassou os 600Mt para a safra 24/25 no Centro-Sul. “Diante dos resultados, revisamos nossas estimativas de 610Mt para 616,5Mt”, destaca Lívea. A analista ressalta, ainda, que os números podem indicar um pessimismo excessivo do mercado, que prevê uma média de 590Mt para 25/26.

Para a safra 25/26, fatores como seca e incêndios podem afetar a produtividade, mas, com boas chuvas, a moagem pode chegar a 620 Mt, o que reduziria preocupações com déficit no primeiro trimestre de 2025. 

A Indonésia planeja autossuficiência alimentar até 2027, proibindo importações de açúcar para consumo a partir de 2025, embora possa continuar importando 3,4 milhões de toneladas de açúcar bruto, majoritariamente do Brasil. O país pode adiar novas importações dependendo de estoques e aguardando a próxima safra brasileira. “Em 2024, a Indonésia projeta produzir 2,4 Mt, aumentando para 2,6 Mt em 2025, o que diminuirá sua necessidade de importações”, conclui.

 
Fonte: Hedgepoint Global Markets
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