Combustíveis Fósseis

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, como a Rússia, conhecidos como OPEP+, decidiu seguir com o aumento planejado na produção de petróleo em abril, informou o grupo nesta segunda-feira (3).

A medida ocorre em meio à renovada pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que a Opep e a Arábia Saudita reduzam os preços da commodity.

Este é o primeiro aumento na produção desde 2022. O incremento será de 138 mil barris por dia, conforme cálculos da Reuters.

Em uma reunião virtual, oito membros da Opep+ que estão participando da mais recente rodada de cortes de produção do grupo concordaram em manter o aumento previsto para abril.

"Este aumento gradual pode ser pausado ou revertido sujeito às condições de mercado", afirmou a Opep em comunicado. "Esta flexibilidade permitirá que o grupo continue a dar suporte à estabilidade do mercado de petróleo."

Nos últimos dias, o petróleo tem sido negociado na faixa de US$ 70 a US$ 82 o barril, influenciado pelas expectativas de mudanças nas sanções dos EUA contra grandes produtores de petróleo, como Irã, Rússia e Venezuela, além das tarifas norte-americanas sobre a China, que podem impactar a demanda global.

Desde 2022, a Opep+ vem reduzindo a produção em 5,85 milhões de barris por dia, cerca de 5,7% da oferta global, para dar suporte aos preços do mercado. Em dezembro, o grupo havia estendido sua última camada de cortes até o primeiro trimestre de 2025, postergando o plano de aumentar a produção para abril de 2025, após uma série de atrasos no ano passado.