União Nacional da Bioenergia

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Brasil assina acordos com a China para energias solar e nuclear e mineração sustentável
Cooperação deve envolver o intercâmbio de políticas e colaborações entre instituições de pesquisa e empresas
Publicado em 21/11/2024 às 09h49
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O presidente Lula assinou 37 atos de colaboração com o presidente da China, Xi Jinping, nesta quarta-feira (20/11) em Brasília, incluindo memorandos nas áreas de geração fotovoltaica, energia nuclear e desenvolvimento sustentável da mineração. 
 
O acordo sobre geração solar foi assinado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil e pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China. A cooperação deve envolver o intercâmbio de políticas e colaborações entre instituições de pesquisa e empresas. 
  • Hoje, a maior parte dos equipamentos para geração solar instalados no Brasil são importados da China. 
  • Na semana passada, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços elevou de 9,6% para 25% o imposto de importação das células fotovoltaicas utilizadas em painéis solares, o que tem levado a críticas no setor. 
Os presidentes assinaram ainda a declaração conjunta pela formação da “Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil-China por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável”. 
  • A expectativa brasileira é diversificar a cooperação bilateral e buscar novas parcerias no enfrentamento à mudança do clima e na transição para energias limpas, sobretudo eólica, solar e biomassa.  
No contexto do G20, o Brasil também fechou um acordo com os Estados Unidos esta semana sobre transição energética. 
  • A “Nova Parceria Brasil-EUA para a Transição Energética” prevê colaboração bilateral em três pilares principais: produção e implantação de energia limpa; desenvolvimento da cadeia de suprimento de tecnologia de energia limpa; e industrialização verde. 
  • Trump nega as mudanças climáticas. É também um forte crítico da China e dá sinais de que vai acirrar as disputas comerciais com o país asiático. 
No entanto, o documento foi assinado com o atual presidente dos EUA, Joe Biden, que deixará o cargo em janeiro. É incerto se o presidente eleito Donald Trump manterá os acordos firmados pelo antecessor. 

Pressa para recontratar térmicas. A Petrobras tem defendido um maior senso de urgência na definição do Leilão de Reserva de Capacidade, antes previsto para 2024, mas que ainda tem prazos indefinidos. A companhia tem um parque termelétrico de 4,9 GW , dos quais 2,9 GW estão por perder contratos.
  • A estatal  defende ainda que a ANP aprove uma tarifa flexível de transporte de gás, para viabilizar a recontratação de térmicas existentes. O gerente de Gás e Energia da Petrobras, Álvaro Tupiassu, cita um modelo de tarifas composto por duas parcelas: uma fixa (menor) e outra variável (maior). 
  • O debate tem ganhado espaço no setor: as transportadoras têm se posicionado abertas a, quando operacionalmente for possível e adequado, disponibilizar medidas comerciais mais flexíveis para as térmicas.
Fusões e aquisições. O setor elétrico brasileiro teve 51 operações de fusões e aquisições entre janeiro e setembro de 2024, aumento de 45% na comparação anual, segundo uma pesquisa da KPMG. Em igual período no ano passado, foram fechadas 35 transações desse tipo. A maioria dos acordos fechados em 2024 (37) foi entre empresas brasileiras.
Gatos de luz. Os furtos representaram 15,75%  do mercado de baixa tensão das distribuidoras brasileiras em 2023, segundo os dados mais recentes da Aneel. Houve um crescimento nas chamadas perdas não-técnicas, que, em 2022, haviam correspondido a 14,8% da geração.
  • O limite regulatório previsto pela agência para 2023 foi de 11,2%. Na prática, isso significa que no ciclo tarifário seguinte, quando a Aneel recalcular as tarifas de cada distribuidora, a tendência é de necessidade de aumento dos valores para os demais consumidores nas concessões que ficaram acima do limite regulatório.
Perspectivas para geração eólica. Uma pesquisa da consultoria Deloitte com o apoio da Abeeólica apontou que seis em cada dez executivos dos maiores grupos econômicos ligados ao setor da cadeia eólica avaliam que o mercado nacional tem potencial de crescimento. O setor enfrenta uma forte crise que tem causado desindustrialização por falta de novos contratos e anúncios de empresas que estão paralisando a produção ou deixando o país.
 
Gabriela Ruddy
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